O grupo J&F Investimentos — empresa dos irmãos Batista — pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 6, a suspensão do pagamento do acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal (MPF), em 2017, no valor de R$ 3,5 bilhões.
A holding também solicitou acesso à íntegra das conversas entre autoridades e procuradores da Operação Lava Jato, que foram vazadas no episódio conhecido como “Vaza Jato”, em junho de 2019.
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O objetivo é analisar as mensagens vazadas e avaliar possíveis irregularidades no processo contra a empresa. A holding pediu autorização à Controladoria-Geral da União (CGU), para que possa corrigir “os abusos que tenham sido praticados” pelos investigadores.
A companhia pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista e é proprietária de empresas dos setores de agronegócio, geração de energia, mineração e financeiro. Entre elas estão: JBS, PicPay, Banco Original e Canal Rural.
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A empresa foi investigada durante a Operação Lava Jato e fechou um acordo de leniência, quando se comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões. Em agosto deste ano, o total foi reduzido para R$ 3,5 bilhões.
Além disso, a companhia acredita que foi uma das principais vítimas da situação de inconstitucionalidade da operação. “Mais precisamente, a Lava Jato cometeu abusos contra a J&F, de modo a agir em conluio com a Transparência Internacional para forçar sua venda de ativos”, informa a empresa.
Semelhanças com a Odebrecht
A empresa alegou, na solicitação ao Supremo, semelhanças com o caso da Odebrecht, que foi anulado em 6 de setembro. O ministro do STF Dias Toffoli decidiu que as provas, obtidas por meio do acordo de leniência com a empresa, são imprestáveis e não podem ser usadas em processos criminais.
Toffoli também concedeu acesso à íntegra do material da “Vaza Jato” a todos os investigados e réus processados com base nas conversas.
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o Amor voltou e junto com ele a corrupção.
Sei… Foram abusados ? Tadinhos…
Bandidos profissionais