A empresa Fábrica de Bares, responsável pela gestão e operação de bares na cidade de São Paulo, demonstrou interesse em comprar o icônico Café Girondino, no Centro Histórico da capital paulista. A cafeteria fechou no dia 3 de junho por problemas financeiros, acentuados pela pandemia.
A companhia interessada em adquirir o estabelecimento gerencia o Bar Brahma — localizado a menos de 1 km do Girondino.
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O diretor da Fábrica de Bares, Álvaro Aoas, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o interesse da aquisição. Segundo o executivo, as pendências financeiras com os proprietários do espaço são uma das principais barreiras para o avanço das negociações.
Ele diz não ter exatidão no que diz respeito aos valores do negócio, mas está otimista por um desfecho positivo. Afirmou que uma conclusão deve acontecer em dez ou 15 dias. “Há 50% de chances de dar certo”, afirmou Aoas.
Felippe Nunes, um dos sócios do Café Girondino, confirmou o interesse da companhia. O executivo deixou claro que existem conversas com “outros grandes players do centro e outras regiões”.
Donos do Café Girondino querem manter o legado do estabelecimento
O objetivo dos sócios da cafeteria é manter a história viva do café no Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo (CBBSP). Os donos disseram que até agora “não deu sequência [à negociação] com ninguém”.
A reportagem do Estadão apurou que a Prefeitura de São Paulo ajudou na intermediação entre o Café Girondino e a empresa. A aproximação aconteceu depois do encerramento oficial das atividades do estabelecimento.
A Fábrica de Bares é conhecida por comprar estabelecimentos conhecidos na cidade e inaugurá-los depois de uma reforma total do ambiente. Além de bares, gerenciam casas de shows e restaurantes.
A cafeteria se tornou popular por homenagear o antigo Café Girondino. O local recebia barões do café e jornalistas no ano de 1875.
“É um ponto tradicional e muito conhecido de São Paulo”, afirmou Álvaro Aoas. “As pessoas têm muito carinho pelo Girondino. Não seria inteligente da nossa parte alterar essa identidade. Nosso trabalho é ressignificar lugares do centro de São Paulo.”