Na madrugada desta quinta-feira, 30, morreu a escritora Lya Luft. Há sete meses, ela lutava contra um câncer, já descoberto com metástase — quando a doença se espalha pelo corpo.
De acordo com a filha de Lya Luft, Suzana Luft, ela estava internada mas pediu para ir para casa antes do Natal e morreu enquanto dormia. Natural do Rio Grande do Sul (RS), a Academia Rio-Grandense de Letras (ARL) se manifestou sobre sua morte.
“Comunico o falecimento de Lya Luft, nossa escritora do ano, nesta madrugada”, informou o presidente da ARL, Rafael Bán Jacobsen. “Nossa homenagem chegou em tempo e trouxe alegria aos seus últimos dias.”
O governador gaúcho Eduardo Leite lamentou o falecimento. “O RS perde um dos seus maiores nomes da literatura”, postou no Twitter. “Lya Luft nos deixa aos 83 anos e abre uma lacuna difícil de ser preenchida. Que Deus conforte a família e os amigos.”
A escritora é autora de vários livros. São dela títulos de sucesso como Canções de Limiar (1964), seu romance de estreia; As Parceiras (1980); A Asa Esquerda do Anjo (1981); O Rio do Meio (1996); Perdas e Ganhos (2003); Pensar É Transgredir (2004). Sua obra mais recente, As Coisas Humanas, foi lançada em 2020. Além disso, a autora foi a primeira mulher a assinar uma coluna na revista Veja.
Em razão de um infarto agudo do miocárdio sofrido em 2019, Lya Luft ficou internada em Porto Alegre para um procedimento cardiológico. No ano de 2017, ela perdeu o filho, André, que teve uma parada cardiorrespiratória enquanto surfava, em Florianópolis.
Gostava de Lya, principalmente pela sua coerência ética e moral. Missão cumprida!
Me lembro de quando li Perdas e Ganhos, que apesar de não ser citado é uma das melhores obras, descanse em paz.
Em tempo, li rápido demais, foi citado sim, desculpe.