A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) suspendeu, na manhã desta segunda-feira, 28, a operação no Sistema Guandu, por causa de uma “espuma de origem desconhecida”. O manancial atende 13 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A alteração na qualidade da água bruta (não tratada) levou ao acionamento do protocolo de contingência. A Cedae informou que “os resultados iniciais das análises dos técnicos operacionais e das equipes do laboratório vão definir se o funcionamento poderá ser restabelecido ou não”.
Empresas e órgãos públicos acionados
A Cedae comunicou a ocorrência ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Notificou também as concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, responsáveis pela distribuição de água nas regiões que o Sistema Guandu atende.
Plantonistas do setor de emergências ambientais do Inea foram até a estação, junto ao pessoal da Cedae. Uma equipe da Delegacia de Meio Ambiente, da Polícia Civil, também chegou ao local.
A análise da espuma que interrompeu o abastecimento de água no Rio
O material detectado foi um surfactante (presente em detergentes, por exemplo). O descarte da substância nos rios é crime ambiental, alerta Phelipe Campelo, presidente do Inea.
“Não descartamos sabotagem”, disse. Além da origem da substância, as investigações vão identificar “a quantidade de lançamento”.
Privatização em 2021
Leiloada em blocos cerca de dois anos atrás, a concessão da antiga estatal para a iniciativa privada foi objeto de amplo e extenso debate. Sua arrecadação bilionária surpreendeu ao ser mais do que o dobro do que o próprio governo federal estimava.
Tal como no Rio Tietê…