O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, foi preso nesta sexta-feira, 28, em Madri pela polícia espanhola. Contra ele havia mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.
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O ex-presidente da varejista foi alvo da Operação Disclosure, da Polícia Federal, na quinta-feira 27. Ele é investigado, junto com ex-diretores por uma fraude bilionária na Americanas.
A prisão ocorreu por volta das 9h30 (horário de Brasília) pela polícia nacional da Espanha. Ainda na quinta-feira, depois de não ter sido localizado no Brasil, o nome de Gutierrez foi inserido na Difusão Vermelha da Interpol, a lista de procurados internacionais.
Além dele, a PF pediu a prisão de Anna Christina Ramos Saicali, uma das ex-diretoras da Americanas na gestão de Gutierrez. Ela estaria em Portugal e também é considerada foragida, mas ainda não foi localizada.
De acordo com o Ministério Público Federal, Gutierrez acompanhava e participava das fraudes no balanço da companhia “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”.
Gutierrez e outros 14 executivos da Americanas foram alvo na quinta-feira de uma operação que buscava mais provas e evidências de um esquema que escamoteou nos balanços da varejista um rombo estimado em R$ 25 bilhões.
Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, mudou-se para a Espanha
Discreto, o ex-presidente da Americanas, era praticamente desconhecido para o público. Miguel Gutierrez evitava entrevistas à imprensa, mantinha-se distante de investidores e analistas e há poucas fotos públicas do executivo. Mesmo assim, ele acabou ficando famoso.
Em janeiro de 2023, quando o escândalo que envolveu uma fraude contábil de R$ 25 bilhões eclodiu na empresa, de 95 anos, e manchou a reputação de seus acionistas bilionários, o carioca se mudou para a Espanha. Nascido em 1961, Gutierrez é brasileiro com dupla cidadania espanhola.