Depois do furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, em Barueri (SP), o Exército Brasileiro e a Polícia seguem em uma busca incessante para a recuperação do armamento.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, militares e policiais têm dado um recado às duas maiores facções criminosas do país: “Devolvam as armas”.
Comando Vermelho
Na quinta-feira 19, a inteligência do Exército localizou parte das armas no Rio de Janeiro. A Polícia Civil carioca obteve um vídeo que mostra oito metralhadoras do Exército oferecidas a traficantes de drogas, cada uma por R$ 180 mil.
A reportagem do Estadão também afirmou que militares e policiais fizeram chegar à cúpula do Comando Vermelho (CV) que a Força Terrestre não ia descansar enquanto o armamento não fosse recuperado.
A estratégia de pressionar facções criminosas em sumiços de armamentos militares como aconteceu neste ano não é de hoje.
Em março de 2006, em 12 dias de atuação em 16 favelas cariocas, tropas recuperaram dez fuzis e pistola roubados do Estabelecimento Central de Transportes do Exército.
Na Operação Asfixia, os militares patrulharam e ocuparam os morros, controlaram as vias de acesso, verificaram documentação e revistaram carros.
Dessa forma, os consumidores de drogas não puderam chegar a seus fornecedores. A estimativa é de que o faturamento dos traficantes despencou 70%.A ameaça de uma nova operação desse tipo fez com que o CV abandonasse um carro com quatro metralhadoras na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
PCC
Policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de São Paulo, começaram a usar seus contatos para tentar localizar quem estava por trás do crime.
Um agente do Deic soube que o armamento estava enterrado na região oeste da Região Metropolitana de São Paulo.
De acordo com as investigações do Departamento, os criminosos estavam negociando a venda do armamento ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Depois que o aviso chegou aos criminosos, policiais do 1º Distrito Policial de Carapicuíba foram informados de que os bandidos estavam transportando o armamento para uma área rural de São Roque.
As metralhadoras seriam guardadas ao lado do poço profundo Mombaça, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
No local, a polícia encontrou no sábado 21 nove armas, depois de pescá-las em um lamaçal. Dois bandidos fugiram.
Buscas do Exército e da polícia
Do total de metralhadoras desaparecidas do Arsenal de Guerra do Exército, falta encontrar quatro de calibre ponto 50.
“Os interessados na compra desse armamento são ligados à facção criminosa (PCC)”, declarou o delegado Julio Guebert, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).
“Vamos até o fim. Vamos identificar os envolvidos na compra e na venda dessas armas e trabalhar para recuperar as armas que faltam.”
O Comando Militar do Sudeste deixou de sobreaviso todo o efetivo da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada e da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
Entre as unidades que podem cumprir buscas e apreensões no caso, estão o 4º Batalhão de Infantaria Mecanizada e o 8º Batalhão de Polícia do Exército.
Por que motivo a operação asfixia não é replicada em todas as favelas ?
Se eles conseguem fazer o tráfico perder 70% de seus rendimentos, em 6 meses acabariam com ele…
Façam as contas.
Coisa feia, seria mais ético mandar uma mensagem pelo Sap e oferecer um prêmio do que ficar com chantagem. A irmã de Mariele e Dino tem o contato.
Me poupe com esse tipo de reportagem.
Estamos em um Estado de “faz de conta”… ao ler isso vemos o ridículo com o qual convivemos diariamente. Uma operação como essa “asfixia” devia ser o padrão do dia a dia e não somente quando querem recuperar algo….