O Exército Brasileiro já identificou três militares suspeitos de participar do furto de 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), em Barueri (SP).
Além dos três suspeitos, todos os militares que tinham encargo de fiscalização ou controle serão responsabilizados e cumprirão punições disciplinares.
A expectativa do Exército é que isso ocorra em breve. A corporação investiga se os três suspeitos foram cooptados por facções criminosas para o extravio do armamento.
Os suspeitos foram identificados depois que o Exército aquartelou 480 militares do AGSP, desde o dia 11 de outubro.
O isolamento contribuiu para que o comando conseguisse ouvir depoimentos e descobrir os possíveis envolvidos no crime.
Investigação dos suspeitos
A investigação apura a participação de três militares na separação das armas no galpão de descarte, transporte no carro em um local definido e deslocamento até a entrega.
Segundo reportagem do portal de notícias Metrópoles, fontes de alta patente do Exército afirmam que os três militares teriam ajudado a colocar as armas de grosso calibre em um carro, usado para levá-las até um ponto de entrega.
A principal suspeita é que as armas tenham sido roubadas no feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o quartel estava vazio.
O Exército informou o furto de 21 metralhadoras de grosso calibre de dentro de sua base militar em Barueri.
Segundo a corporação, durante uma inspeção realizada em 10 de outubro no Arsenal de Guerra, os militares notaram o sumiço de 13 metralhadoras calibre ponto 50 e 8 de calibre 7,62.
Um levantamento do Instituto Sou da Paz, entidade sem fins lucrativos que faz estudos sobre armas e segurança pública, entre janeiro de 2015 a março de 2020, 27 armas do Exército foram roubadas, furtadas ou desviadas no Brasil.
Nenhum dos armamentos ainda recuperado. As buscas contam com o apoio das polícias Civil e Militar.
De acordo com investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, parte dessas armas foram oferecidas à maior facção criminosa do Estado, o Comando Vermelho. O preço oferecido foi de R$ 180 mil, cada uma.
Em nota, o Comando Militar do Sudeste afirmou que o inquérito está sob sigilo e não confirma a identificação de suspeitos.
“A investigação tem lentado indícios e assim que confirmado será divulgado de imediato”, declarou.
As FA estão comendo mosca ?