Um recém-nascido de 3 dias foi transportado no domingo 2 em uma incubadora Babypod pela Força Aérea Brasileira (FAB), em parceria com a Marinha. O bebê, nascido em Rio Grande (RS), tinha malformação na medula lombossacra, que necessitava de neurocirurgia especializada em Porto Alegre (RS).
A operação, conforme relata a Folha de S.Paulo, foi realizada pelo Segundo Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral da Marinha, com equipe médica da FAB. “O nosso acionamento foi próximo do pôr do sol, por isso tivemos de utilizar a capacidade dos óculos de visão noturna para realizar o pouso em Porto Alegre”, disse o capitão Douglas Paiva Aguiar, comandante da aeronave.
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Em um caso anterior, um bebê de 5 dias foi o primeiro a ser transportado pela FAB na incubadora Babypod. O recém-nascido, que nasceu em Candelária, apresentava sintomas de icterícia e precisou ser levado para tratamento em São Leopoldo.
As duas cidades, separadas por 200 km, foram severamente afetadas por uma enchente histórica no Rio Grande do Sul.
Equipamento segue modelo que protege contra impactos
O transporte do bebê de Candelária foi realizado pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação – Esquadrão Falcão e pelo Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação – Esquadrão Puma.
A operação de evacuação aeromédica utilizou a incubadora Babypod, que protege recém-nascidos com peso de 2 a 8 quilos. O equipamento, semelhante a um cockpit de carro de corrida, foi desenvolvido com tecnologia usada na Fórmula 1 para resguardar pilotos de impactos. A Babypod foi projetada para proteger recém-nascidos, em um modelo similar.
A operação foi parte da Operação Taquari 2, que mobiliza militares para buscas e salvamentos nas áreas atingidas pela enchente. A equipe aeromédica da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) forneceu a incubadora para essa missão. Desde o início da operação no Rio Grande do Sul, a FAB resgatou 71 mil pessoas por vias aérea, fluvial e terrestre.