No acumulado de 60 dias até o bloqueio das divisas, perdas ao crime organizado foi de R$ 139,4 milhões. Nos 60 dias subsequentes, valores saltaram para R$ 369,3 milhões. Apreensões de drogas subiram 398,7% na mesma base comparativa
O fechamento de fronteiras pode ter impactado algumas milhares de pessoas, mas trouxe muitos benefícios no combate ao tráfico e crime organizado. Depois do fechamento das divisas terrestres, em 19 de março, o prejuízo aos criminosos nos 60 dias subsequentes subiu 164,83% em relação ao mesmo período anterior.
É o que apontam dados obtidos por Oeste do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (VIGIA), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (VIGIA). Entre 20 de janeiro a 19 de março, o prejuízo aos criminosos foi de cerca de R$ 139,4 milhões. Entre 20 de março a 20 de maio, o valor subiu para aproximadamente R$ 369,3 milhões. Um salto de 164,8%.
Com menos produtos ilegais circulando no mercado, mais produtos legais foram consumidos. Consequentemente, mais receitas foram arrecadadas. O resultado disso é o prejuízo evitado aos cofres públicos. No acumulado de 60 dias até o fechamento das fronteiras, o VIGIA evitou R$ 57 milhões de perdas. No mesmo período seguinte, o valor foi de R$ 60,4 milhões. Um aumento de 5,9%.
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Nos quase dois meses até o fechamento das fronteiras, foram apreendidos 20,6 toneladas de drogas. Nos 60 dias subsequentes ao fechamento das divisas, esse volume chegou a 102,7 toneladas. Um aumento de 398,7%. Nessa mesma comparação, a apreensão de cigarros passou de 11,9 mil maços para 12,5 mil, um crescimento de 5%.