O tenente-coronel Emanuel Garioli, comandante do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pelas operações de busca do helicóptero desaparecido no litoral norte de São Paulo, disse que a demora na localização da aeronave é atribuída aos desafios impostos pelas condições meteorológicas. Ele deu a explicação nesta sexta-feira, 5, durante uma entrevista à CNN Brasil.
O comandante ressaltou que, frequentemente, as condições meteorológicas não são favoráveis quando a Força Aérea é acionada para as operações de busca. Além disso, enfatizou a complexidade do terreno montanhoso e a densa cobertura da mata atlântica na região. Garioli mencionou que a aeronave em questão é de pequeno porte e possui uma coloração cinza, o que dificulta sua visualização.
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O helicóptero, que decolou no dia 31 de dezembro do Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, transportava quatro ocupantes, incluindo o piloto.
Letícia, uma das passageiras, chegou a enviar mensagens para o namorado, para informar que o piloto havia decidido retornar a São Paulo por causa do mau tempo na região da Mata Atlântica.
De acordo com o tenente-coronel, o modelo da aeronave não está homologado para voar em condições de nuvens. Ele explicou que, em condições meteorológicas desfavoráveis, os pilotos evitam seguir em linha reta até o destino e buscam desviar-se de áreas adversas. Esta sexta-feira marca o quinto dia de buscas pelo helicóptero
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Apesar dos desafios impostos pelas condições meteorológicas, o tenente-coronel assegurou que a equipe está familiarizada com tais situações e está empenhada em encontrar a aeronave desaparecida. Ele ressaltou que não há uma data estipulada para o encerramento das operações de busca, que também estão sendo realizadas em terra, além das aéreas.
Quem estava no helicóptero?
A bordo da aeronave estavam Luciana Rodzewics, de 45 anos, acompanhada de sua filha, Letícia Sakumoto, de 20 anos; Rafael Torres, um amigo das mulheres; e o piloto do helicóptero.
As buscas pelo helicóptero estão sendo feitas pela Polícia Militar, com o auxílio da aeronave Águia 24, e também pela Força Aérea Brasileira. Os militares, inclusive, estão utilizando um avião equipado com infravermelho capaz de detectar grandes objetos escondidos sob vegetação alta.
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