A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro comunicou que vai demitir todos os profissionais que estavam de plantão no momento em que um homem morreu enquanto aguardava atendimento, relata o jornal O Globo.
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O incidente ocorreu na noite desta sexta-feira, na UPA da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com os relatos dos profissionais, a vítima chegou à unidade consciente e andando.
Depois do risco de seu caso ser avaliado, José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, que trabalhava como garçom e artesão, permaneceu sentado aguardando ser atendido. O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou que “é inadmissível não perceberem a gravidade do caso.”
No Twitter/X, Soranz declarou que “todos os profissionais que estavam no plantão serão demitidos, responderão à sindicância e serão denunciados aos seus respectivos conselhos de classe.”
A coordenação da unidade iniciou uma sindicância para investigar o ocorrido. Imagens das câmeras de segurança e registros dos prontuários serão analisados.
Segundo relatos de testemunhas nas redes sociais que José Augusto chegou à unidade reclamando de fortes dores no corpo. Ele passou pela classificação de risco e então se sentou em uma das cadeiras na sala de espera para aguardar atendimento.
Investigação da Polícia Civil sobre a falta do atendimento
A SMS comunicou que a equipe médica foi chamada quando ele perdeu a consciência. Depois de verificarem que o paciente havia desmaiado, ele foi levado à Sala Vermelha para atendimento, mas não resistiu. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, segundo a Secretaria.
O corpo de José Augusto foi enterrado neste domingo, 15, em Mogi Guaçu (SP), cidade em que ele nasceu e onde a família mora.
A Polícia Civil informou, em nota, que está investigando o caso, registrado na 41ª DP (Tanque).
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Veja a nota explicativa publicada pela SMS:
“A coordenação da UPA Cidade de Deus iniciou uma sindicância e irá utilizar as imagens das câmeras de segurança e os registros dos prontuários médicos para investigar o caso de forma rigorosa. Relatos iniciais dos profissionais indicam que o paciente estava lúcido e entrou andando na unidade, acompanhado por uma pessoa que informou não poder permanecer no local. Dados do sistema mostram que a classificação de risco foi realizada às 20h30 e, poucos minutos depois, a equipe médica foi acionada, pois o paciente ficou desacordado. Ele foi levado à Sala Vermelha para atendimento, mas infelizmente não resistiu e foi constatada a parada cardiorrespiratória. O corpo foi enviado ao Instituto Médico Legal para apurar a causa do falecimento. A direção da unidade expressa profundo pesar pelo ocorrido.”
Nosso país, se tornou um prostíbulo a céu aberto….