Em julgamento realizado na quinta-feira 4, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) aumentou a pena imposta ao ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Ele foi condenado por corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento e coação nas eleições municipais de 2016. Os crimes foram investigados pela Operação Chequinho.
A pena de Garotinho foi fixada em 13 anos, 9 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado, além do pagamento de 44 dias-multa. Inicialmente, a Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes (RJ) havia condenado o ex-governador a 9 anos e 11 meses de prisão.
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Compra de votos e aumento de pena
Segundo a Promotoria Eleitoral em Campos dos Goytacazes, Garotinho usou o programa de transferência de renda Cheque Cidadão, destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social, para “cooptar votos para seu grupo político”. Na época, ele ocupava a Secretaria de Governo do município, então comandado por sua esposa, Rosinha Garotinho, também ex-governadora do Rio.
“O réu foi o líder de uma reedição do antigo coronelismo nesta moderna versão, em que, em vez de cabresto, houve o oferecimento de troca de votos pela inclusão no programa”, anotou o desembargador eleitoral Paulo César Vieira de Carvalho, relator do processo.
O Ministério Público Eleitoral, em sua manifestação pelo aumento da pena, destacou que “as provas reunidas apontam de forma inequívoca a existência de um estratagema criminoso que deturpou a utilização do referido programa social, de forma espúria e sabidamente ilícita, em favor de um grupo político e em prejuízo dos cofres públicos”.
Com a condenação, Garotinho fica inelegível pelos próximos oito anos, até 2029.
Com informações da Agência Brasil
Lastimável a imagem do sr. Garotinho. Ele precisa de um tratamento com a mesma alimentação do Sérgio Cabral.