Uma cena da novela Vai na Fé, da TV Globo, exibida na terça-feira 4, polemizou nas redes sociais com a cena de um chá revelação “sem gênero” e com uso de pronome neutro.
O trecho da novela da Globo mostra um casal prestes a “descobrir” o sexo do filho, mas algo inesperado acontece durante a festa: o gênero do bebê não foi anunciado e a justificativa era que a criança nasceria “sem rótulos”.
No episódio, Guiga, interpretada por Mel Maia, surpreende Yuri, personagem de Jean Paulo Campos, ao optar por ter um bebê sem as “limitações tradicionais de gênero”.
Durante a cena controversa, os pais realizam a contagem regressiva e abrem uma caixinha que, supostamente, revelaria a cor azul ou rosa, tradicionalmente associadas ao gênero masculino ou feminino, respectivamente.
No entanto, uma fumaça branca surge e os pais leem uma carta do médico responsável pelo acompanhamento da gestação.
“Pequene queride”
“Oi, mamãe e papai. Como estão os corações de vocês? Esperamos que bem. Saibam que também está tudo certo com o coração desse bebê, e com todo o resto, também. Essa live não vai revelar o sexo do bebê, preferimos deixá-lo crescer livre de rótulos. Mas como sabemos que o importante é a saúde, seguem os exames desse ‘pequene queride'”, dizia o recado que os pais receberam na “revelção” do sexo do bebê.
Críticas nas redes sociais
O público criticou a cena nas redes sociais: “Quande vece pense que não pode piore, vem a globe e piore tude”, ironizou um internauta. “Essa novela tá cheia de lacração, não assisto mais”, comentou outra. “Ah não gente, até nas novelas essa chatice de chá revelação? kkkkk que mico”, escreveu uma terceira.
Na vida real
Em fevereiro deste ano, a influenciadora Bianca Andrade e o jogador Fred foram aos stories do Instagram para conversar com os seguidores sobre os preparativos para o evento. A influenciadora anunciara que não seria nada tradicional.
“Bom dia, Brasil! Mais especificamente, minha terra! Estamos aqui no Rio de Janeiro, aqui será o nosso chá-revelação!”, começou ela em um dos vídeos. “E aí, gente, o que será: menino ou menina? Rosa ou azul?”, continuou, e então Fred continuou: “A gente não tem essa não, né, linda? A gente pensou junto e, independentemente se for menino ou menina, não tem essa. Pra gente, cor não tem gênero.”
“A gente chegou até a pensar de fazer o rosa pro menino e fazer azul pra menina, mas aí a gente chegou a conclusão que, independentemente do sexo do bebê, vai ser roxo, que é uma cor que tem uma história muito importante pra gente. É a minha cor favorita e é uma fusão das duas cores, do rosa com o azul”, prosseguiu o jogador. Em seguida, Bianca complementou: “Azul e rosa são as minhas cores favoritas, quando juntas dá o roxo. Então tem toda a história comigo, é a cor favorita dele.”
Graças a DEUS hoje temos excelentes opções para assistir. Faz muito tempo que não assisto nada na TV aberta, principalmente nessa emissora l!x@.
Que sentido faz a tal “revelação”? Além do mais, rótulo se coloca
em garrafa. A pergunta que se faz é qual o limite da negação dos fatos da natureza? Daqui pouco vai ter gente grávido de um cachorrinho ou um gatinho, pois sabe como é, tudo é rótulo, de repente o bebê quando crescer pode se sentir uma capivara. Mundo bizarro.
No ser humano, a relação biunívoca homem [macho]/mulher [fêmea] é falsa, pois só funciona em ambientes pressionáveis. Se se retiram as amarras sociais, ideológicas, sobressai o ser humano tal como é, e nunca é aqulio que se pensava. Este raciocínio se aplica a todas as outras esferas da atuação humana. Por exemplo, somos ladrões, mas refreamos nossa índole de ladrão porque somos educados a ser honestos; somos assassinos, mas não matamos a qualquer razão porque há um regramento social que nos condena. Somos o pior que pode existir, dependendo dos freios morais que a Sociedade nos impinge. Deixado à própria sorte, o ser humano é indescritível, quer dizer, plenamente censurável.
O ser humano é complexo, mais do que sonha nossa vã Biologia. De fato, se observarmos o componente sexual no ser humano, a gente vai ver mais coisas que destoam do restante do mundo animal, do que coisas parecidas. Então, a hipótese da fluidez sexual no ser humano parece flagrante, além do quê os dados empíricos tendem a mostrar isso. O ser humano não é normal, e qualquer eventual extraterrestre poderia facilmente constatar essa natureza esquisita, e até se assustar com ela, muito mais do que fazemos nós outros, que somos da mesma espécie.