O governo federal reconheceu, na quinta-feira 7, o estado de calamidade pública em 79 municípios do Rio Grande do Sul. São as cidades mais atingidas pelas recentes tempestades e por inundações provocadas a partir da passagem de um ciclone extratropical no último fim de semana.
O reconhecimento da situação de calamidade pública facilita o acesso a recursos financeiros. Dessa forma, os municípios em tal condição podem solicitar verbas para reconstrução de vias e estruturas públicas, além de valores para ações de prestação de socorro, auxílio à população afetada pela tragédia e para manter serviços considerados essenciais. E tudo isso, a saber, sem a necessidade de processo de licitação.
O chefe da Casa Militar e Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Luciano Chaves Boeira, afirma que as autoridades estaduais vão auxiliar de perto os municípios afetados a terem suas demandas atendidas. De acordo com ele, o foco neste momento é conseguir ajuda humanitária.
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“Os municípios poderão contar com aportes de recursos federais para suprir as necessidades decorrentes desse evento severo, mas é essencial que a solicitação seja feita corretamente”, diz Chaves Boeira, conforme comunicado do governo gaúcho. “Poderão ser atendidas desde as demandas de ajuda humanitária — como cestas básicas, água potável e telhas — até as mais complexas — como reconstrução de pontes, residências, prédios públicos e obras de infraestrutura.”
Número de mortes sobe para 41
A situação de calamidade pública em 79 municípios gaúchos se deu em decorrência do aumento do número de mortos no Estado em razão de problemas climáticos. De acordo com o boletim no fim da tarde de quinta-feira, o número de mortes subiu para 41. Além disso, 25 pessoas continuam desaparecidas.
O governo gaúcho reforça, contudo, que autoridades resgataram mais de 3 mil pessoas nos últimos dias. Uma mulher e um bebê, por exemplo, receberam resgate enquanto se abrigavam no telhado de uma casa. Por fim, informa-se que há 2,9 mil desabrigados e 7,6 mil desalojados.
A lista de municípios do Rio Grande do Sul em que o governo federal reconheceu estado de calamidade pública
Confira, abaixo, a lista dos 77 municípios do Rio Grande do Sul que estão em estado de calamidade pública, conforme parecer do governo federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional:
- Caxias do Sul;
- Coqueiros do Sul;
- Cachoeira do Sul;
- Palmeiras das Missões;
- Boa Vista das Missões;
- Passo Fundo;
- Sarandi;
- Getulio Vargas;
- Lajeado do Bugre;
- Santo Expedito do Sul;
- Mato Castelhano;
- Erechim;
- Santa Maria;
- Ibiraiaras;
- Nova Bassano;
- São Jorge;
- Bento Gonçalves;
- Protásio Alves;
- Marau;
- Casca;
- Estação;
- André da Rocha;
- Vacaria;
- Cruz Alta;
- Chapada;
- Montauri;
- Santo Antônio do Palma;
- Água Santa;
- Nova Araçá;
- Campestre da Serra;
- Carlos Barbosa;
- Camargo;
- Panambi;
- São Domingos do Sul;
- Sagrada Família;
- Paraí;
- Jacuizinho;
- Lagoão;
- Santo Ângelo;
- Boa Vista do Buricá;
- Sede Nova;
- Eugênio de Castro;
- Santo Cristo;
- Farroupilha;
- São Sebastião do Caí;
- Jaguarí;
- Ciríaco;
- Sertão;
- Muliterno;
- Candelária;
- Lajeado;
- David Canabarro;
- Estrela;
- Arroio do Meio;
- Montenegro;
- Novo Hamburgo;
- Encantado;
- Muçum;
- Roca Sales;
- Colinas;
- Imigrantes;
- Santa Tereza;
- Sapiranga;
- Cachoeirinha;
- Vanini;
- Nova Roma do Sul;
- Serafina Corrêa;
- Bom Retiro do Sul;
- Cotiporã;
- São Nicolau;
- Cruzeiro do Sul;
- Bom Jesus;
- Ipê;
- Espumoso;
- Charqueadas;
- Coxilha;
- Taquari;
- Itapuca; e
- São Jerônimo.
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Demorou demais para reconhecer.
Teve gente que ilhados e com dinheiro no bolso não conseguiam comprar COMIDA.