A gestão de risco de desastres e alertas meteorológicos do Estado de São Paulo ganhará um novo órgão, que vai ficar sob gestão da Defesa Civil Estadual, segundo divulgou o governo paulista na última quarta-feira, 22. A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) também instituiu nesta quarta o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas (Cemc).
Sediado no Palácio dos Bandeirantes, o Centro Paulista de Radares e Alertas Meteorológicos (CePRAM) será alimentado pelos sete radares meteorológicos do Estado. Isso vai permitir a integração dos equipamentos e a centralização dos dados produzidos, que serão analisados por uma equipe de meteorologistas, hidrólogos e geólogos.
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Os profissionais vão se somar aos que integram o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil (CGE), órgão ao qual o CePRAM ficará subordinado. Enquanto o CGE coordena as ações de resposta a desastres, caberá ao CePRAM emitir boletins meteorológicos e de previsão do tempo em curto e médio prazos, com consequentes alertas para a população.
A gestão dos radares, localizados em diferentes pontos do Estado, é dividida entre a autarquia SP Águas, USP, Unesp e Unicamp. A ideia é aprimorar a capacidade de prever eventos extremos e alertas mais precisos à população.
Defesa Civil vai adquirir novos radares
Segundo o coronel da Polícia Militar Henguel Pereira, coordenador estadual da Defesa Civil, o sistema já está em operação e será consolidado com a instalação na sede. Há novos radares em processo de aquisição para atender a região de Bauru, o centro de São Paulo e o Guarujá.
Um exemplo da atuação integrada do centro é a instalação recente de sirenes de inundação e alagamento no Rio Capivari e em São Luís do Paraitinga, usando o monitoramento das cotas de inundação do rio para alertar a população.
“Nós apoiamos o Rio Grande do Sul e aprendemos que muitas vezes não adianta só monitorar onde a chuva cai. Às vezes há rios caudalosos que estão até fora do Estado, e, quando chove, alagam os municípios rio abaixo. Estamos colocando sistemas de sirenes para que a gente não seja surpreendido, como no Vale do Taquari”, disse.
Novas sirenes também foram colocadas nos municípios de Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, segundo o coronel.
Conselho terá primeira reunião em fevereiro
O Conselho Estadual de Mudanças Climáticas (Cemc), também anunciado na quarta-feira 22, vai atuar como órgão consultivo ao Comitê Gestor de Política Estadual de Mudanças Climáticas. O conselho é composto de 18 representantes do governo do Estado, dos municípios e da sociedade civil, com mandato de dois anos de duração.
Segundo o governo do Estado, quatro organizações da sociedade civil foram eleitas para integrar o colegiado após um edital de chamamento público: o Instituto de Conservação Costeira, entidade que atua no litoral norte, e a Associação dos Engenheiros da Sabesp, como titulares, e o Instituto Internacional Arayara e a Sociedade Rural Brasileira como suplentes, respectivamente.
O conselho terá sua primeira reunião em fevereiro, durante a qual os membros serão empossados e vão deliberar sobre o regimento interno.
Em seu discurso durante a cerimônia de lançamento realizada nesta quarta-feira, 22, o governador declarou que a criação do conselho é um passo para colocar em prática as medidas estipuladas no planejamento climático do Estado.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado