O Governo de São Paulo está tentando transferir Roberto Aparecido Alves Cardoso, assassino conhecido como Champinha, da Unidade Experimental de Saúde (UES) para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) Dr. Arnaldo Amado Ferreira.
Além de Champinha, que hoje tem 36 anos, o governo paulista também tenta transferir outros quatro internos da UES, que fica na Vila Maria, zona norte da capital paulista, para o HCTP, que fica em Taubaté, no interior do Estado.
Há 20 anos, Champinha participou do sequestro, tortura e assassinato do casal de estudantes Liana Friedenbach e Felipe Caffé num sítio no município de Embu-Guaçu.
MP e Defensoria se mostram contrários à transferência de Champinha
Champinha tinha 16 anos e cumpriu três anos de medida socioeducativa. Depois, ele foi internado, seguindo laudos psiquiátricos e o artigo 1767 do Código Civil, que prevê que criminosos com transtornos mentais sejam mantidos em “instituições apropriadas”. Ele está na UES desde 2007.
A UES não é nem um hospital psiquiátrico de custódia e nem um presídio. Subordinada à Secretaria Estadual da Saúde, tem agentes de segurança vinculados à Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, que fazem vigilâncias e transferências.
Na tarde da sexta-feira 6, uma reunião emergencial marcada pela Justiça com representantes da Secretaria de Estado de Saúde, da Defensoria Pública, Ministério Público e da Secretaria da Administração Penitenciária discutiu a transferência dos criminosos.
Leia também
O MP e a Defensoria se posicionaram contra a ideia do Governo de São Paulo de transferir Champinha.Eles cobraram um pedido formal à Justiça sobre isso, o que ainda não teria sido feito, conforme informações obtidas pelo portal g1.
Ainda não há decisão judicial a respeito das transferências. Portanto, Champinha e os outros quatro internos não saíram da UES de São Paulo para o HCTP de Taubaté.
Se uma pessoa com 16 anos é capaz de fazer horrores como sequestrar, torturar, violentar e matar dois jovens não tem mais jeito de se recuperar.