O Governo do Estado de São Paulo exonerou Renato Dias, coordenador pedagógico da Secretaria do Estado da Educação (Seduc), nesta quarta-feira, 6. A secretaria comunicou que Dias foi quem pediu a exoneração “para assumir projetos pessoais”, segundo apurou o jornal Folha de S.Paulo.
O desligamento acontece na esteira dos erros encontrados no material didático próprio usado nas escolas estaduais paulistas. A Coordenação Pedagógica (Coped) da Seduc é o órgão responsável pela garantia da qualidade do conteúdo.
Na ocasião, a Seduc informou ter afastado “os servidores responsáveis pelos graves erros didáticos no material digital”. Ainda não houve menção a quantos e quais seriam os profissionais punidos.
Lei Áurea assinada por D. Pedro II e praias em São Paulo (capital)
Críticos já vinham apontando erros conceituais, gramaticais, entre outros, no material próprio que SP adotou nas salas de aula. Contudo, dois erros crassos chamaram especial atenção na última semana.
Por exemplo, materiais sobre história traziam a informação de que o imperador Dom Pedro II havia assinado a Lei Áurea. Foi sua filha, Princesa Isabel, quem assinou o documento de 1888.
Outro trecho alterava a geografia paulistana: “Jânio Quadros, em 1961, quando era prefeito de São Paulo, emitiu um decreto vetando o uso de biquínis nas praias da cidade”. Além de a capital paulista não ficar no litoral, Jânio foi prefeito até 1959.
Sob nova coordenação
Com a saída de Dias, assume o comando da Coped a doutora em letras Bianka de Andrade Silva. Formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela tem experiência como professora em sala de aula — na educação básica, de jovens e adultos e no ensino superior, na própria UFMG.
Bianka também trabalhou na iniciativa privada, como a maioria dos profissionais próximos ao secretário Renato Feder. A professora já atua há três meses na equipe, como diretora do departamento de currículo.
Em comunicado, a Seduc afirma que “Bianka assume o compromisso de aprimorar todos os processos pedagógicos da Secretaria da Educação, como avaliações e material didático”.
Para sabotar o governo, destruiram a credibilidade do sistema de ensino. Seriam estas pessoas professores ou sindicalizados atuando em nome dos sindicatos no governo? Deve ser todos demitidos a bem do serviço público.