Durante a greve marcada para a terça-feira 3, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deve funcionar com 100% de seu efetivo nos horários de pico. A decisão é da juíza Raquel Gabbai de Oliveira, do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2).
Além disso, nos demais horários, os grevistas devem garantir que 80% dos funcionários continuem trabalhando normalmente. Para efeito da decisão, os horários de pico serão os períodos entre 4 e 10 horas e entre 16 e 21 horas.
Nada de catraca livre
A Justiça também proibiu a liberação das catracas, medida que os sindicalistas ferroviários haviam defendido. A justificativa é o alto risco de tumultos e acidentes que a ação de “catraca livre” proporciona.
A decisão da juíza ocorreu já nesta quinta-feira, 28, mesmo dia do anúncio da greve pela CPTM e outras companhias estaduais. Oliveira determinou multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento.
Metrô e Sabesp também prometem parar
Além da CPTM, funcionários da Cia. do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) marcaram paralisação para a terça-feira 3. O ato é um protesto contra os planos de privatização do governador Tarcísio de Freitas.
Todas menos algumas
No Metrô, a paralisação deve afetar todas as linhas, com exceção àquelas que a iniciativa privada opera (Amarela e Lilás). Na CPTM, acontece o mesmo: todas as linhas, exceto Diamante e Esmeralda, sob gestão do mesmo grupo concessionário, a CCR.
Da parte da Sabesp, o sindicato garante que o fornecimento de água não será interrompido. Além disso, emergências continuarão sendo atendidas.
Serviço piora sob gestão privada, dizem sindicalistas
De acordo com os sindicatos, a qualidade dos serviços vai piorar se houver concessão das linhas de transporte e da operação da rede de água e esgoto para a iniciativa privada. Mencionam, como exemplo, aumento das falhas nas duas linhas da CPTM administradas pelas concessionárias.
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Os sindicalistas também argumentam que a eleição de Tarcísio não significa uma aprovação automática das privatizações. Ademais, reclamam de falta de diálogo do governador com os representantes dos funcionários.
Tarcísio cogita privatizar tudo
O governo do Estado de SP estuda conceder à iniciativa privada todas as linhas da CPTM e do Metrô que ainda estão sob administração das empresas públicas. Além disso, prepara projeto de lei para autorizar a concessão da Sabesp.
Toda essa reação dos sindicatos que participaram da manobra suja para voltar o contribuição obrigatoria tirando dos pobres mais ainda sem dar nada em troca, faz que o Governador tenha ainda mais razão em privatizar tudo. Nao temos que aceitar esgoto a ceu aberto no estado mais rico . E nem trens e linhas ultrapassadas .