A linha 9-Esmeralda foi alvo de sabotagem na greve de metroviários e ferroviários que ocorreu em 3 de outubro, em São Paulo. A Polícia Civil investigou o caso e encontrou atos de vandalismo em diferentes pontos da linha.
De acordo com a corporação, o ato criminoso, que prejudicou milhares de passageiros, consistiu em vários objetos arremessados tanto na rede aérea de energia do sistema quanto na linha férrea, conforme investigações da equipe do 27º Distrito Policial, no Campo Belo, zona sul da capital paulista.
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Os policiais identificaram em um ponto da linha, próximo da estação Autódromo, sinais de vandalismo em uma máquina de chaveamento de via. Segundo a investigação, os criminosos arrancaram a fiação do equipamento, o que impediu o restabelecimento do sistema. O serviço ficou parado durante 27 horas.
As informações sobre sabotagem constam no laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil paulista. O documento também mostra os locais onde o gradil de proteção foi aberto para a entrada dos vândalos na linha férrea.
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Embora houvesse câmeras de segurança, os criminosos selecionaram os locais de ponto-cego, ou seja, onde não há monitoramento. A polícia acredita que os infratores escolheram esses pontos de maneira proposital, evitando sua identificação.
“Não foi possível identificar os autores”, afirma a Polícia Civil. “Mas verificamos que houve atentados em diversos pontos da linha, com arremesso de objetos estranhos ao sistema nas estações de Osasco a Interlagos, que foram apreendidos.”
Ainda haverá conclusão da investigação da Polícia Civil de São Paulo. O relatório do inquérito irá para análise do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Sob administração da concessionária ViaMobilidade, a linha 9-Esmeralda interliga a Vila Natal, na zona sul paulista, ao centro de Osasco, município da Região Metropolitana de São Paulo. Com comanda da iniciativa privada, a linha não aderiu ao movimento grevista de outubro, que paralisou os serviços mantidos pelo Metrô e pela CPTM.
Greve do metrô: Tarcísio pede à Justiça efetivo de 100% dos metroviários em horário de pico
O governo de São Paulo protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça com o objetivo de obter liminar contrária à greve de funcionários do Metrô, prevista para esta terça-feira, 28. Na ação, a gestão de Tarcísio de Freitas requer a obrigação de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.
Para garantir o cumprimento dessas exigências em caso de decisão favorável, o Palácio dos Bandeirantes quer que a empresa realize uma chamada nominal dos empregados escalados para o serviço e com a presença de um oficial de Justiça para conferir.
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