O governo de São Paulo protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça com o objetivo de obter liminar contrária à greve de funcionários do Metrô, prevista para a esta terça-feira, 28. Na ação, a gestão de Tarcísio de Freitas requer a obrigação de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.
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Para garantir o cumprimento dessas exigências em caso de decisão favorável, o Palácio dos Bandeirantes quer que a empresa realize uma chamada nominal dos empregados escalados para o serviço e com a presença de um oficial de Justiça para conferir.
Diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes afirmou que a categoria é alvo de ataque político do governador e propõe o serviço gratuito no dia da mobilização. “Se ele [Tarcísio] está preocupado com isso, faça a catraca livre e os metroviários estarão se manifestando dentro das estações e atendendo a população”, disse.
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A ação propõe multa de R$ 2 milhões ao sindicato em caso de descumprimento da decisão e também requer a autorização para não repassar os descontos feitos em folha a título de mensalidade sindical.
O governo diz que o movimento, convocado em protesto contra a privatização da Sabesp, tem caráter meramente político e cita prejuízos à população. A aplicação do Provão Paulista, uma espécie de Enem das faculdades do Estado, precisou ser adiada, já que seria realizada nos dias 28 e 29 de novembro. Servidores devem ter ponto facultativo.
Risco de greve apesar de ação do governo Tarcísio na Justiça
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Outras categorias, como trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), profissionais da educação e funcionários da Fundação Casa também decidiram aderir ao movimento grevista desta terça-feira. Os metroviários organizam a terceira paralisação em dois meses — a quarta em 2023.
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“Nota-se, sem qualquer sombra de dúvida, a sanha da entidade sindical de, em, benefício de interesses meramente políticos, promover uma paralisação dos serviços metroviários”, diz o governo paulista na ação judicial. “Em detrimento de grande prejuízo que é sempre imposto à população de São Paulo como um todo.”
O governo paulista argumenta que a assembleia na qual se decidiu pela instalação da greve teve participação de 2,5 mil dos 7 mil metroviários e uma diferença de somente 119 votos a favor da paralisação. Outras quatro votações haviam sido feitas desde o início de outubro e, em todas, a decisão foi contra a mobilização.
A greve vai provocar a paralisação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô; e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Governador, faça valer a lei e a ordem. Em caso de paralização, que é política, demita os grevistas, haja vista não se preocuparem com a população trabalhadora e que dependem do transporte público, no caso, trens e metrô; quanto à Sabesp, idem.
Devemos pensar que os trabalhadores, tanto do Metrô, quanto da Sabesp, não estão preocupados com seus empregos, devido se apegarem à estabilidade, muito menos estão preocupados com o Estado de São Paulo e sua população, que através de pagamento de impostos pagam os salários deles. Portanto, porquê o Governo Estadual precisa se preocupar com estes funcionários, se nem eles se preocupam?
Se fosse estas empresas fossem privatizadas estes trabalhadores fariam o que estão fazendo?
Os ‘grevistas’ estão pensando que a população decente vai defendê-los?