O nível do Lago Guaíba, que banha Porto Alegre (RS), está abaixo dos 4 metros. A medição mais recente foi realizada na manhã desta quinta-feira, 23, e registrou 3,88 metros. A cota de inundação do lago é de 3 metros.
De acordo com o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), há uma preocupação com a manutenção do nível elevado, especialmente devido à previsão de chuvas e ao impacto dos ventos.
🌊 Nível do Guaíba
— Ceic Porto Alegre (@CEIC_POA) May 23, 2024
📏 Cais Mauá
Cota atual: 3,88m
Cota de Alerta: 2,5m
Cota de Inundação: 3m
Informação obtida às 8h15min por meio da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestruturas (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA).
O nível mais alto do Guaíba foi alcançado em dia 5 de maio, quando chegou a 5,35 metros. Esse aumento significativo no nível da água causou grandes transtornos na capital gaúcha, afetando áreas como comércio, indústria, serviços e residências.
A Prefeitura de Porto Alegre iniciou uma operação de limpeza nas ruas que não estão mais inundadas, que inclui a remoção de lodo e varrição das áreas afetadas. Para essa tarefa, foram mobilizados 800 garis e usados 168 caminhões e 30 retroescavadeiras.
Na terça-feira 21, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre assinou um contrato para o uso de um aterro localizado em Gravataí, a 22 km de distância, destinado ao descarte dos resíduos gerados após a enchente.
O contrato tem um valor de R$ 19,7 milhões e duração de seis meses. Será feito o descarte de entre 77 mil e 180 mil toneladas de resíduos, que serão transportados por caminhões.
O Lago Guaíba
O Guaíba tem uma extensão de 496 km², responsável por abarcar a Região Metropolitana de Porto Alegre. Nele, desembocam os rios Jacuí, Sinos, Caí e Gravataí.
Com as chuvas recentes, o rio chegou a registrar 4,96 metros de altura e ultrapassou o recorde histórico, de 1941, quando o nível das águas subiu para 4,76 metros. A inundação durou 22 dias.
As enchentes de 1941 e 2024 ocorreram no mesmo mês e afetaram todo o Estado do Rio Grande do Sul. O IPH-UFRGS afirma que os eventos são “atípícos”, visto que o acúmulo de águas no Guaíba ocorre, normalmente, na transição entre o inverno e a primavera.
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