A Polícia Federal instaurou, nesta segunda-feira, 14, um inquérito sobre a infecção de pelo menos seis pacientes por HIV, depois de transplantes no Rio de Janeiro. Em operação nesta manhã, a Polícia Civil do Estado prendeu Walter Vieira, médico ginecologista e responsável técnico do laboratório PCS Lab Saleme, que emitiu os laudos errados.
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Os investigadores devem ouvir testemunhas, representantes do laboratório e os pacientes infectados, ainda sem datas definidas para os depoimentos. Apontamentos iniciais sugerem uma falha no resultado de laudos de dois doadores, que apresentaram resultados falso negativos. Isso resultou na infecção dos receptores.
O laboratório PCS Lab Saleme declarou que abriu uma sindicância interna para determinar responsabilidades e oferecerá “suporte médico e psicológico” a pacientes e familiares. O local quer, ainda, colaborar com as autoridades nas investigações.
Em nota, o Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF/RJ) afirmou que o laboratório não tem registro ativo no órgão e que não possui nenhum farmacêutico registrado em atuação.
Ministério da Saúde analisa casos de infecção por HIV
Os pacientes infectados pelo vírus foram informados da situação, enquanto órgãos de outros 288 doadores serão retestados no Estado do Rio de Janeiro.
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Depois das denúncias, o Ministério da Saúde ordenou a interdição cautelar do PCS Lab Saleme. Ainda exigiu que o Hemorio faça análise de doadores, com o teste NAT, além de retestar materiais dos doadores investigados.
A pasta ainda determinou que receptores de transplantes dos doadores infectados e seus contatos recebam atendimento especializado completo.
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