Uma gravação obtida pelo programa Patrulha da Cidade, da TV Ponta Negra, revelou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) negou socorro para uma idosa que passou mal. Quando a viatura foi finalmente acionada, já era tarde demais: a mulher havia morrido. O caso ocorreu no município de Extremoz, região metropolitana de Natal, no último dia 26.
Na gravação, a vizinha da idosa, identificada como Dona Elô, clama para que o serviço de emergência mande uma ambulância ao local. Ela foi alertada por outros vizinhos de que a idosa estaria passando mal. Por haver pouco sinal de celular na região, ela precisou se afastar do local para realizar a chamada.
O atendente do SAMU questiona Elô sobre o estado de saúde da vizinha. Em resposta, a mulher pede urgência.
“Por favor, moço, se você puder mandar (a ambulância), porque ela está sem sentidos. Acho que ela tem uns 60 anos. Eu estou ligando a pedido dos vizinhos”.
A ligação é repassada para a médica responsável e Elô volta a afirmar que a idosa está sem sentidos e passando mal. Em resposta, a médica diz que “passar mal é muito vago”.
“Senhora, entenda: quando a gente vai ao hospital a gente precisa ter uma queixa. Não existe remédio para passar mal”, diz a médica.
“Moça, ela está sem sentidos, desmaiada, no chão”, retruca Elô.
Em tom agressivo, a médica volta a cobrar que ela fosse até o local para que alguém ligasse para o SAMU e questiona novamente a mulher sobre o estado de saúde da vizinha.
Elô tenta explicar o que foi lhe dito pelos vizinhos, mas a médica desliga o telefone.
“Com 52 anos, eu jamais liguei para o socorro, 190, o próprio SAMU. Jamais tive esse tempo para ser atendida”, afirmou Elô à TV Ponta Negra. “O volume de perguntas, o volume que eu repeti o meu endereço, o meu nome… que não era necessidade. O socorro não era para mim. Eu fui bem clara. Até perguntei para os vizinhos se a minha dicção não estava boa. Depois, ouvindo o áudio, eu não entendi o porquê da falta de empatia, o descaso com a vida. Eu fui bem clara: a pessoa estava sem sentido já”.
Segundo a reportagem, do endereço da vítima até a sede do SAMU são dois quilômetros. Quando a viatura chegou ao local, a idosa já havia morrido.
Confira a reportagem:
SESAP
Em nota enviada à emissora, a secretaria de Estado de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) “esclarecem que o caso citado na reportagem ocorreu há mais de quinze dias e houve uma nova ligação posterior no local em que o atendimento foi feito com sucesso e imediatamente.”
O órgão também afirma que, para a realização do atendimento, “o requerente precisa estar próximo à vítima para cumprir com os protocolos, devido aos inúmeros trotes recebidos pelo SAMU durante um mesmo dia e garantir assim a assistência adequada.”
Oeste tentou contato com a secretaria, mas não obteve retorno.
Também sou residente da Grande Natal (Parnamirim), e passei por situação quase idêntica, em 2014, quando meu pai (com 100 anos), passava mal em sua casa. Naquele momento liguei para o SAMU, e só depois de muita insistência, no meio de um prolixo interrogatório de uma médica sobre o estado de saúde dele, tive de ameaçá-la em acionar a Justiça, caso meu pai não fosse atendido a tempo. Após a acalorada discussão, foi enviada uma ambulância para levá-lo ao hospital. Situação dificílima! só quem passa é quem sabe defini-la.
Não há a menor dúvida que a médica foi relapsa.
Deve ser processada e responder pela sua falta de profissionalismo, de empatia e de consideração. Em sebdo considerada culpada, deve perder o seu CRM.
Eu também, começou com esse negócio de moderação, vai acabar ficando igual aos outros…
Se a vizinha fosse médica, não teria chamado o SAMU. Ela mesma diagnosticava. Uma completa falta de amor ao próximo. A médica queria o quê. Uma anamnese completa?
E o Samu ainda tem a cara de pau de colocar que depois ocorreu um outro atendimento com sucesso. Que sucesso? A mulher morreu. Sucesso é quando morre? Cambada de vagabundos.
Notem a total falta de abertura da médica para receber a ligação, prestar orientações, acalmar o remetente da ligação, a falta de noção quanto ao desconhecimento de termos médicos por parte da polulação (que não é obrigada a saber termos médicos), e a falta de noção sobre a péssima cobertura de sinal telefônico nos interiores ou regiões periféricas no Brasil – tem locais que, basicamente, é na carta, ou é um telefone para a comunidade inteira- notaram isso? Ademais, fica implícito o tom irônico da médica achando que aquilo era um trote.
Ou seja, segundo o SAMU a medica não será responsabilizada. Isto não é medicina e sim canalhice!!