A embaixada de Israel, por meio do consulado israelense em São Paulo e Sul do Brasil, afirmou que pretende enviar pelo menos três máquinas de filtragem para ajudar os municípios gaúchos afetados pelas chuvas desde o dia 29 de abril.
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O embaixador Daniel Zohar Zonshine coordena, junto a autoridades no Brasil, as ações para que os equipamentos, de tecnologia israelense, cheguem ao país.
O sistema deverá ajudar à Marinha, que, por meio de oficiais, já envia água potável em garrafas para municípios como Eldorado do Sul e Guaíba. E também dará auxílio ao trabalho do purificador desenvolvido pela empresa brasileira PWTech.
“Esperamos que centenas de pessoas sejam beneficiadas com isso”, afirmou o diplomata a Oeste.
“A água neste momento é um recurso fundamental para a sobrevivência, já que neste momento a chuva atrapalhou o abastecimento.”
Dentro do governo israelense, há um departamento que envia ajuda humanitária a várias regiões que passam por catástrofes naturais. Ao Brasil, já havia mandado auxílio semelhante na tragédia da usina em Brumadinho, em 2019.
O sistema permite que a água superficial poluída de um rio seja retirada e purificada em uma velocidade de até 500 litros por hora.
Cada equipamento tem a capacidade de beneficiar entre 300 e 400 pessoas, com água potável.
A iniciativa ocorre em um momento no qual o governo israelense e o brasileiro passam por uma crise diplomática.
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O embaixador deu a entender que Israel deseja mostrar que as questões políticas não devem afetar as questões humanitárias.
“Mas prefiro esperar a chegada das máquinas para dar uma declaração.”
No último boletim da Defesa Civil gaúcha, as mais recentes enchentes afetaram 1.456.820 pessoas em diversas regiões do Estado. Pelos números até o momento, 107 morreram e 128 estão desaparecidas.
Na manhã de domingo 5, o Rio Guaíba atingiu seu maior nível já registrado e chegou à marca de 5,33 m. Isso destruiu os sistemas de energia e de distribuição de água nas regiões.
Relações abaladas desde fevereiro
As relações entre Brasil e Israel se abalaram em fevereiro último. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita a Adis Abeba, Etiópia, para uma cúpula da União Africana, fez uma declaração considerada ofensiva por Israel. Ele comparou as ações de Israel em Gaza às dos nazistas contra os judeus.
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Em seguida, o embaixador do Brasil em Israel, Fred Meyer, foi convocado para uma reunião com o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz e foi cobrado no Museu do Holocausto, em Jerusalém.
O governo brasileiro se irritou, chamou Meyer de volta e também fez uma reunião com cobranças sobre Zonshine. Lula, a partir de então considerado persona non grata em Israel, tem constantemente repetido críticas à postura israelense na Faixa de Gaza.
Viva Israel, Viva o seu povo, a sua generosidade a sua misericórdia em socorrer sem Distinção Países que sofrem intempere causadas pela natureza.
Só falta o atual (des)governo fazer o mesmo que fez com auxílio ofertado pelo nosso vizinho Uruguai.
Irão recusar?