O humorista e apresentador Jô Soares morreu nesta sexta-feira, 5, em São Paulo, aos 84 anos. O artista estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 28 de julho, para tratar uma pneumonia.
Jô Soares foi um dos profissionais mais versáteis da sua geração, com contribuições para a TV, o cinema, a literatura, o teatro e a imprensa. Nesta entrevista para o Fantástico, em 2012, o artista fez uma reflexão original sobre como encarar a morte.
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“Medo da morte é um sentimento inútil. Você vai morrer mesmo, não adianta ficar com medo.
Eu tenho medo de não ser produtivo.
Citando meu amigo Chico Anysio. Perguntaram para ele: ‘Você tem medo de morrer?’. Ele falou: ‘Não, eu tenho pena’.
Um pecado.”
Jô Soares
José Eugênio Soares nasceu em 1º de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Trabalhou nas emissoras Continental, TV Rio, Tupi, Excelsior, Record, SBT e na Globo.
Em todas as suas inúmeras atividades artísticas, Jô Soares teve o humor como marca registrada. Foi seu ponto de partida e sua assinatura no teatro, na TV, no cinema, nas artes plásticas e na literatura.
Em 1987, Jô comandou o programa Jô Soares Onze e Meia, exibido pelo SBT, rendendo mais de 6 mil entrevistas. Ele retornou à Globo em 2000, quando estreou o Programa do Jô.
Jô também atuou com destaque na imprensa e foi um autor best-seller. Nos anos 1980, escreveu com regularidade nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e para a revista Manchete. Entre 1989 e 1996, assinou uma coluna na Veja. Também escreveu cinco livros, sendo quatro romances.
Numa entrevista Chico Anysio declarou: O único profissional que é insubstituível é o humorista, quando ele morre a arte morre junto com ele. Não haverá mais outro Jô Soares para nos fazer rir e nem Chico Anysio e tantos outras dezenas de artistas que já morreram. O humorismo e a alegria ficaram órfãos, estamos de luto.
A morte é inevitável, para crentes e não crentes. Se eu hoje já me incomoda falar com um jovem com uns aros no nariz, o braço igual a de uma tartaruga, homem não dar lugar no assento para uma mulher ( de que tipo?), imagina qdo vc tivesse 120 anos? Portanto a morte é boa e necessária, eu não lamento a morte de ninguém de mais de 60 anos.