Internada há quase um mês, a representante comercial Paola Juvencio Quartieri não consegue ter a vida normal. A jovem de 25 anos aguarda uma cirurgia na Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo. Ela tem uma prótese na coluna desde 2018 e os pinos começaram a se soltar depois de ter engravidado em 2021.
Paola terá que remover a prótese para retomar a vida normal e evitar que os pinos furem seu corpo.
“A haste que prende os pinos deu uma chicotada para trás e está praticamente furando a pele dela”, contou Fabio Dias, de 40 anos, marido de Paola.
Ele disse ao portal G1 que a esposa deu entrada em uma Unidade Pronto Atendimento (UPA) em 7 de setembro. Por causa da gravidade, no dia seguinte foi levada para a Santa Casa para retirada dos pinos.
Cirurgia desmarcada
A Santa Casa de Santos desmarcou duas vezes a cirurgia, alegando falta de material. A unidade de saúde explicou que a empresa que fez a prótese de Paola não existe mais.
“Após muita dificuldade foi encontrado um fornecedor que venderá os instrumentos para retirada da prótese atual (para substituição), que serão comprados com recursos próprios do hospital”, afirmou a instituição, em nota.
Queda e pinos soltos
Em 2018, Paola caiu do 4° andar de um prédio. Por isso, precisou colocar uma prótese com cerca de dez pinos na coluna.
De acordo com Fábio, ela sobreviveu por um milagre. A jovem vivia normalmente até engravidar.
A partir desse momento, alguns pinos começaram a se soltar. Aqueles que continuam fixos são responsáveis por sustentar a coluna dela.
Fabio declarou que a esposa está com um calombo nas costas e que a haste que prende os pinos saiu do lugar. De acordo com ele, Paola viu poucas vezes o filho de um ano durante o período em que está internada.
“Do dia para noite, a vida dela deu um looping […]. A equipe de enfermagem nos orientou a não receber nosso filho naquele setor do hospital por correr sérios riscos”, afirmou.
“O quarto que ela está é ocupado por pacientes com câncer. Ficamos muito incomodados, porque, de certa forma, estamos tirando a oportunidade de outros pacientes receberem um tratamento.”
Isto não está sendo resolvido com a devida urgência.
ma mãe que não pode ver o filho, internada numa área oncológica de um hospital que não tem material para resolver de imediato o sofrimento dela.
Que absurdo…!