A eleição que vai definir o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi suspensa no início da noite desta terça-feira, 22, pela Justiça de Alagoas, que atendeu a pedido de Gustavo Feijó, um dos vice-presidentes da entidade e opositor de Ednaldo Rodrigues, candidato único no pleito.
Mas a assembleia, marcada para a manhã desta quarta-feira, está mantida, porque a entidade máxima do futebol brasileiro confia que vai derrubar a decisão. Boa parte dos cartolas já chegou, inclusive ao Rio de Janeiro.
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O Tribunal de Justiça do Rio havia negado o pedido de Feijó para suspender a eleição, mas o juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira, da 1ª Vara Cível de Maceió, teve outro entendimento e determinou que o pleito seja suspenso, além de fixar multa diária de R$ 50 mil a ser paga pela CBF em caso de descumprimento da decisão.
Feijó, que tem domicílio político em Maceió, mas vive no Rio, argumenta que a realização do pleito sem a participação dos clubes de futebol da segunda divisão do Campeonato Brasileiro e das agremiações femininas burla o estatuto da CBF e a Lei Pelé.
O juiz entende que Ednaldo, ao convocar a eleição, agiu com “postura ilegal e desarrazoada” e “não observou os devidos trâmites legais, tudo com a precípua finalidade de galgar benefício próprio, com a extinção de mandatos eletivos dos atuais diretores, inclusive do autor, prejudicando toda a coletividade e, ainda, ferindo as disposições do Estatuto da CBF e da Lei Pelé”.
A chapa encabeçada por Ednaldo Rodrigues foi a única a se inscrever para a eleição à presidência da CBF, que confia que irá reverter a decisão da Justiça alagoana e, com isso, eleger o baiano nesta quarta-feira como cartola máximo do futebol brasileiro pelos próximos quatro anos. No cargo de forma interina desde agosto do ano passado, Rodrigues passará a ser presidente de fato até março de 2026.
Denominada “Pacificação e Purificação do Futebol Brasileiro”, a chapa registrada por Ednaldo Rodrigues tem como vices Francisco Novelletto, Fernando Sarney, Antônio Aquino e Marcus Vicente — eleitos também em 2018 —, além de Reinaldo Carneiro Bastos, Rubens Lopes, Helio Cury e Roberto Góes.
Rodrigues, um dos oito vice-presidente eleitos em 2018 na chapa encabeçada por Rogério Caboclo — afastado do cargo de forma definitiva após duas punições aplicadas pela Comissão de Ética da CBF —, tem apoio formal de mais de 20 das 27 federações estaduais para ser eleito. Caboclo foi afastado por denúncias de assédio sexual e moral contra funcionários.
O quadro é, portanto, muito favorável para que o baiano siga no cargo. Feijó tentou viabilizar sua candidatura, mas não teve sucesso. Por isso, tenta na Justiça suspender o pleito.
Com informações do Estadão Conteúdo