A 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial de São Paulo determinou em despacho nesta sexta-feira, 10, a suspensão da falência da Máquina de Vendas, grupo proprietário da rede varejista Ricardo Eletro.
O relator do caso, desembargador Maurício Pessoa, acolheu o recurso apresentado pela companhia. Agora, a Ricardo Eletro poderá voltar a avançar em seu processo de recuperação judicial. A decisão vale até o julgamento em segunda instância do recurso.
Reviravolta
Na quarta-feira 8, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Máquina de Vendas. A empresa pediu recuperação judicial em agosto de 2020, quando acumulava mais de R$ 4 bilhões em dívidas e anunciou o fechamento das 300 lojas físicas da rede.
A decisão do juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), considerou “esvaziamento patrimonial” da companhia.
Pela decisão, todos os credores teriam seus direitos e garantias restabelecidos às condições originalmente contratadas, o que deixaria de fora valores que tenham sido pagos ao longo do processo de recuperação judicial. Ainda seria preciso avaliar os ativos da companhia, para fazer frente à quitação de débitos.
A Máquina de Vendas nasceu em 2010, da união entre a também varejista Insinuante e a Ricardo Eletro. Nos dois anos seguintes, o grupo comprou a City Lar, a Eletro Shopping e a Salfer. A partir de 2016, reuniu todas as marcas do varejo sob a bandeira Ricardo Eletro. Quando encerrou a operação das lojas físicas, demitiu 3,6 mil funcionários.
A Ricardo faliu !
O Ricardo não !
Fato !