A Justiça de São Paulo determinou a perda do benefício da prisão domiciliar da ré que viralizou nas redes sociais por publicar um vídeo em que aparece decorando sua tornozeleira eletrônica. A decisão é da Promotoria de Justiça de Avaré (SP).
No processo, a promotoria destaca o trecho da Lei 12.258/2010. A decisão lembra que o réu deve “abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça”.
Confira o vídeo que mostra a mulher decorando a tornozeleira eletrônica
Em vídeo compartilhado nas redes socias, Camila aparece colando pedrinhas coloridas na tornozeleira. “Vamos mudar um pouquinho”, diz, na publicação.
Com mais de 80 mil seguidores nas redes sociais, Camila foi parabenizada pelos fãs, que gostaram de sua ideia de repaginar a tornozeleira eletrônica. “Excelente ideia, você fica linda de todos os jeitos”, escreveu um internauta.
Outros usuários não conseguiram conter a curiosidade e perguntaram o motivo da prisão de Camila. Ela, no entanto, nunca falou claramente sobre o crime que cometeu.
Além de personalizar artisticamente a tornozeleira eletrônica, Camila compartilha com os seguidores nas redes sociais como é a rotina da vida em prisão domiciliar.
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Nos comentários, os internautas ficaram preocupados com a segurança da moça, já que ela carregava o dispositivo em uma tomada de um poste de rua. “Não pode levar um choque, não?”, perguntou uma seguidora.
Outros ainda ficaram surpresos ao descobrirem que a tornozeleira precisa estar com bateria. “Nunca tinha parado para pensar que a tornozeleira precisa ser carregada”, observou. “Vivendo e aprendendo.”
Além da revogação da prisão domiciliar, a Promotoria de Justiça também pede que a empresa dona da rede social seja acionada para a retirada imediata dos vídeos divulgados pela acusada, sob pena de multa diária de R$ 10 mil e apuração do crime de desobediência.
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Ter orgulho de estar com tornozeleira revela o momento que estamos vivendo. Eleições de pessoas sabiamente envolvidas em crimes e punição de promotores. Mas excluindo está passagem, diria que a condenada pode somente ter tentado cuidar melhor do equipamento. Assim como As pessoas usam “case” para proteger celulares. Gasta o tempo de um juiz e um promotor com uma infração desta, que não interferiu no funcionamento do equipamento, vale o valor do papel usado para impressão do pedido?
Posso entender q não possa ser modificada! E q por descumprimento a prisão possa ser revogada (parece-me q faz parte da legislação)!
Quanto à multa pela publicação:
1) está prevista na legislação feita pelo Poder Legislativo?
2) pode ser aplicada pelo Ministério Público???
E qual foi o crime da moça? A Oeste ainda não descobriu?
Tão completa quanto as matérias do UOL e Estadão?
Superaram a mídia. Procurando no Google já obtemos a informação… Oeste está lembrando dos padrões do UOL e Estadão
As Promotorias no Brasil são de uma intensa busca por qualquer detalhe que na opinião delas implique em revogação de qualquer beneficio para os apenados. É mais um setor viciado que engrossa a tentativa de fazer do Brasil um país sem qualquer tipo de liberdade. Isso um dia vai terminar
Estas muito rígido… Há casos de helicópteros liberados… Tudo depende do investimento da defesa
E afinal, qual foi o crime da moça?
A notícia tem um erro crasso. Promotoria não é poder judiciário. É parte e apenas entrou com o pedido de punição pelo que a moça fez com a tornozeleira. Quem decidiu e sentenciou foi um Juiz de Direito, que no caso acatou o pedido da promotoria e rejeitou as alegações da defesa.
A lei que não permite “adulterar/modificar” o dispositivo, claramente diz respeito a sua função de MONITORAR o preso.
No Bostil vemos vários criminosos perigosos sendo beneficiados pela justiça, enquanto outros são penalizados pelos motivos mais bobos.
A justiça do Brasil e patética
Sem palavras!
Nossa, que crime pavoroso. O supremo (com minúscula mesmo) diz que um coitadinho não pode ir para a prisão por porte de 60 g maconha, essa outra juíza vai com tudo para cima de alguém que quer enfeitar uma tornozeleira eletrônica. Enquanto a injustiça brasileira se preocupa com esses “importantes” detalhes, os traficantes andam por aí armados e não são nenhum pouco molestados.
Exagero desse juiz, apenas umas pedrinhas de enfeite.