Luara Russomanno e Bruno Queiroz, filha e genro do apresentador e deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP), tiveram os bens penhorados por decisão da Justiça. Eles são alvo do processo que busca reaver danos causados por uma suposta formação de pirâmide financeira.
A decisão contra a filha e o genro de Russomanno foi determinada pelo juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 1ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça de São Pauloo (TJSP). O magistrado determinou que um oficial de Justiça faça buscas no apartamento do casal para penhorar bens equivalentes a cerca de R$ 45 mil.
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Em abril, o procurador-geral de Justiça Mario Sarrubbo estabeleceu o encaminhamento do caso para a 6ª Promotoria de Justiça Criminal da capital paulista, onde as investigações prosseguem.
A filha e o genro de Russomano são acusados de praticar a chamada pirâmide financeira, que é um crime contra a economia popular.
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A empresa que Luara e Bruno eram proprietários, a NQZ Participações e Investimentos, é alvo de mais de cem ações de ressarcimento ou de execução de penhoras no TJSP. Os processos são movidos por pessoas que teriam investido no suposto esquema.
A NQZ oferecia participações em franquias de lojas de doces, clínicas médicas e outros negócios, com a promessa de rendimentos de 1% ao mês.
Esquema de pirâmide ou marketing multinível
Um engenheiro mecânico, requerente da dívida, alega que, em agosto de 2018, investiu R$ 10 mil. No entanto, ele afirma nunca ter recebido o valor referente aos rendimentos. Segundo a ação que apresentou à Justiça, teria descoberto alguns meses depois que os juros só estavam sendo pagos pela empresa diante da chegada de novos investidores, o que caracterizaria um esquema de pirâmide.
O escritório Dohmen&Matta Advogados, que representa o engenheiro, levantou seis empresas em nome do casal de sócios. Em todas as tentativas de bloqueio de valores nas contas bancárias das empresas, a coleta do dinheiro não foi possível, porque não havia saldo disponível.
Por isso, foi oficializada uma operação de busca para penhora dos bens. A Justiça deu ganho de causa ao autor da ação em março de 2022. Os bens penhorados serão revertidos para o pagamento de R$ 45 mil originário da ação judicial.
Segundo o advogado do casal, não era pirâmide financeira, mas um “investimento absurdamente malfeito que ruiu a vida financeira de Bruno e arrastou Luara”.
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Celso Russomanno deveria fazer uma reportagem…