Justiça rejeita novo julgamento para ex-deputada Flordelis

Condenada, em 2022, a 50 anos de prisão pelo assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, a ex-deputada federal Flordelis recorreu à Justiça para passar por um novo julgamento. Contudo, o pedido foi negado pela 2ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro. A informação é do blog True Crime, do jornal O Globo. 

+ Leia mais notícias do Brasil no site da Revista Oeste

Enquanto isso, Rayane dos Santos (neta de Flordelis), Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira (filhos), passarão por um novo julgamento no Tribunal do Júri. 

Os três foram inocentados no julgamento de 2022, mas o Ministério Público os acusa de envolvimento no crime. Eles aguardam o julgamento em liberdade.

+ Padre é preso sob acusação de estupro e importunação sexual

Argumentos dos advogados

De acordo com o jornal, a defesa de Flordelis solicitou um novo julgamento por alegar nulidades no primeiro, por causa da apresentação de provas de última hora. 

Os advogados sustentam ainda que o assistente de acusação, Ângelo Máximo, “mencionou em plenário o direito do réu de permanecer em silêncio, o que é proibido pelas regras do Tribunal do Júri”.

+ Fugitivos de Mossoró: ‘comboio do crime’ teve trajeto de barco, 3 carros e emboscada em ponte

Em nota, a defesa informa que “confia no Judiciário para reconhecer as nulidades patentes que ocorreram no júri da ex-deputada”. Os advogados também esperam que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) “reconheça a necessidade de se garantir um julgamento justo, apesar do apelo midiático do caso”.

Relembre o crime

Em novembro de 2022, a 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ) condenou a ex-deputada federal Flordelis a 50 anos de prisão pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, morto em 2019. Flordelis é acusada de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e pelo uso de documentos falsos.

O pastor Anderson foi morto quando chegava em casa, depois de um passeio com Flordelis. O exame de necropsia revelou que o pastor tinha pelo corpo 30 perfurações provocadas por projétil de arma de fogo. 

Depois do crime, a ex-deputada disse à imprensa que Anderson morrera tentando evitar que bandidos entrassem na residência. A Polícia Civil não seguiu essa linha de investigação por desconfiar que a autoria do crime seria de familiares.