O Instituto Brasileiro de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) anunciou que o fenômeno climático La Niña, conhecido por resfriar as águas do Oceano Pacífico e afetar o clima global, deverá ocorrer apenas em outubro de 2025.
Esta previsão difere da análise do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que esperava o fenômeno para dezembro de 2024.
Desde junho deste ano, a região central do Pacífico tem apresentado condições neutras, sem sinais de formação dos fenômenos El Niño ou La Niña. Esses fenômenos são responsáveis por variações de temperatura de cerca de 0,5°C, alterando padrões climáticos globais.
Humberto Barbosa, fundador do Lapis, afirmou que não há consistência para que o fenômeno se estabeleça. Ele explicou que é necessário que as águas do Pacífico fiquem mais frias que a média por pelo menos três meses consecutivos para o La Niña se manifestar, condição que ainda não ocorreu.
Impacto do La Niña
Historicamente, o Brasil experimentou um verão mais frio que a média em 2013-2014, quando a temperatura média ficou quase um grau abaixo do normal.
O semiárido brasileiro registrou seu verão mais frio entre 1978 e 1979, demonstrando a influência significativa de fenômenos como La Niña e El Niño sobre o clima local.
A presença do fenômeno tende a provocar chuvas intensas no Sul e Sudeste da Ásia, enquanto na América do Norte, as temperaturas aumentam no sul e caem no norte, com elevação da umidade.
No Brasil, ele geralmente aumenta as precipitações nas regiões Norte e Nordeste, enquanto pode causar seca e calor intenso no Sul do país.
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