Cerca de 57% dos municípios do Rio Grande do Sul decretaram estado de emergência por causa das fortes chuvas na região. A informação consta em um relatório do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), que foi divulgado nesta quarta-feira, 1.
O estado de emergência é reconhecido pelo governo federal e permite o envio de auxílio. Com a medida, as 283 cidades que foram afetadas pelas chuvas no RS estão autorizadas a receber recursos da União para ações de assistência imediata, como compra de alimentos e desobstrução de vias; e para projetos de longo prazo, como a construção de unidades habitacionais.
Até o momento, dez mortes já foram confirmadas, 11 pessoas ficaram feridas e 21 estão desaparecidas. Além disso, mais de 19 mil pessoas foram impactadas em 103 municípios, com mais de mil desabrigadas e 1.130 desalojadas.
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Diante da crise, o governo estadual, liderado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), estabeleceu um gabinete de crise voltado para o resgate de famílias isoladas pelas enchentes, com especial atenção para o município de Candelária, identificado pela Defesa Civil como um dos mais críticos.
Nesse esforço, a Força Aérea Brasileira (FAB), juntamente com aviões da Brigada Militar e da Polícia Civil, está mobilizada para auxiliar nos resgates.
As chuvas no RS
Desde setembro do ano passado, o estado tem enfrentado problemas em razão de temporais, enchentes, ciclones e outros efeitos naturais. À época, o governo federal anunciou o repasse de R$ 741 milhões para municípios gaúchos.
Em março, mais R$ 134 milhões foram enviados para a região para ações de assistência, reestabelecimento e reconstrução de danos causados pelas chuvas.
A previsão é de que o volume de chuvas continue elevado, chegando a acumular quase 300 milímetros em algumas áreas do estado. Todos os rios monitorados estão atualmente acima dos níveis de alerta, aumentando a preocupação, especialmente nos municípios da região metropolitana de Porto Alegre, incluindo os rios Jacuí, Guaíba e Sinos, que correm o risco de transbordamento.
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