O acesso a recursos básicos, como esgotamento sanitário e água encanada, continua sendo um desafio para os brasileiros. A informação consta no estudo “Censo 2022: Características dos Domicílios — Resultados do Universo”, publicado nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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De acordo com o levantamento, cerca de 49 milhões de pessoas no país estão desconectadas da rede de coleta de esgoto. Enquanto isso, 4,8 milhões ainda carecem de acesso a água encanada.
No caso do esgotamento sanitário, em 2022, 3,5 mil municípios brasileiros apresentavam menos da metade da população que mora em domicílios com coleta de esgoto.
Acesso a banheiro
Ainda segundo o IBGE, em 2022, 97,8% da população tinha, no mínimo, um banheiro de uso exclusivo. Banheiros compartilhados por mais de um domicílio estavam presentes em 0,5% da população.
Já 0,6% da população morava em domicílios sem banheiros, sanitários nem buracos para dejeções.
Entre as regiões do Brasil, a maior proporção de moradores com banheiro de uso exclusivo foi registrada no Sudeste (99,8%), e a menor, no Norte (90,5%).
Fossa séptica ou fossa-filtro
O estudo revelou ainda que 13,2% da população utiliza fossa séptica ou fossa-filtro como solução individual.
De acordo com o IBGE, as duas formas são classificadas como adequadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).
Assim, a população atendida por rede de esgoto ou fossa séptica chegou a 75,7%, na soma, em 2022. O número equivale a 153,1 milhões de brasileiros.
Além disso, o estudo concluiu que 24,3% da população vive em domicílios com opções de esgotamento sanitário precárias, como fossa rudimentar ou buraco, vala, rio, lago, córrego ou mar.
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No Norte do Brasil, a situação é mais precária: menos da metade da população da região tem opções adequadas de esgotamento sanitário. Por outro lado, o Sudeste registrou o maior porcentual do país com rede de coleta de esgoto: 90,7%.
Água encanada
Outra característica dos domicílios brasileiros é que 192,3 milhões de pessoas recebem água encanada, por meio de torneiras, chuveiros e vasos sanitários.
Isso significa que o porcentual de pessoas que vivem em domicílios com canalização interna subiu de 89,3%, em 2010, para 95,1%, em 2022.
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Por outro lado, 4,8 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a água canalizada e precisam recorrer a carros-pipa, baldes, galões ou outros recipientes.
Mais uma vez com o maior percentual do país, no Norte, 6,5% dos moradores não tinham água encanada em 2022. Já o Sul apresentava o melhor índice do Brasil: 0,2%.