O rebanho bovino no Brasil alcançou a marca histórica de 238,6 milhões de cabeças em 2023. Esse número representa um aumento de 1,6%, em relação ao ano anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de bovinos supera a população brasileira, que era de 211,695 milhões, no mesmo período.
“A produção pecuária é marcada por ciclos”, informou o IBGE. “Entre 2019 e 2022, foi possível observar a retenção de fêmeas para a produção de bezerros. Com isso, o aumento do rebanho.”
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Em 2023, houve uma mudança nesse ciclo, com um aumento no abate de fêmeas. O ano registrou o abate de 34,1 milhões de cabeças de gado, o terceiro maior valor já registrado. O número fica atrás apenas dos anos de 2011 e 2013. No entanto, o peso das carcaças produzidas foi um recorde na série histórica, o que destaca a eficiência da produção.
As exportações de carne bovina in natura tiveram um leve aumento de 0,7% em volume, mas o faturamento caiu 19,6%, em relação a 2022, conforme a Secretaria de Comércio Exterior. A China permaneceu como o principal destino da carne brasileira, adquirindo 59,6% do total exportado, embora o volume tenha sido 3,4% menor que no ano anterior.
No panorama regional, o Centro-Oeste concentrou 76,7 milhões de cabeças em 2023, o que representa 32,1% do rebanho nacional. A região registrou uma queda de 0,6%, em comparação a 2022. A Região Norte apresentou um aumento de 3,2% e alcançou 63 milhões de animais, equivalente a 26,4% do total nacional.
Sudeste tem redução no rebanho bovino
No Sudeste, houve uma redução de 2%, o que totaliza 38,2 milhões de cabeças. Isso representa 16% do rebanho nacional. O Nordeste viu um crescimento de 6,4% no rebanho, o que soma 35,3 milhões de animais. Esse número representa 14,8% do total do país. A Região Sul registrou um aumento de 3,9%, de maneira que alcançou 25,3 milhões de bovinos, equivalente a 10,6% do rebanho nacional.
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Entre os Estados, Mato Grosso liderou, com 34 milhões de animais, o que representa 14,2% do efetivo nacional. O Pará foi o segundo, com 25 milhões de cabeças, seguido por Goiás, com 23,7 milhões, cerca de 9,9% do total.
Em termos municipais, São Félix do Xingu (PA) manteve a liderança, com 2,5 milhões de cabeças, equivalente a 1% do rebanho brasileiro. Corumbá (MS) ficou em segundo lugar, com 2,2 milhões de animais. Isso representa 0,9% do efetivo nacional, seguido por Porto Velho com 1,8 milhão de bovinos, ou 0,7% do rebanho brasileiro.