A Marinha do Brasil planejava afundar o porta-aviões São Paulo, diante do avançado grau de degradação do antigo aeródromo. A operação, no entanto, foi adiada. O grupo empresarial Sela, da Arábia Saudita, apresentou uma oferta para a compra do casco da embarcação. A proposta foi feita na segunda-feira 30.
O valor é três vezes maior que o feito pelo estaleiro turco Sök. A companhia chegou a assinar o contrato de aquisição com a Marinha, mas decidiu devolver o porta-aviões, após a Turquia vetar a entrada da embarcação em seu território.
“Na qualidade de procuradores do grupo Sela da Arábia Saudita, manifestamos interesse em comprar o casco da antiga embarcação, assumindo assim todo e qualquer custo operacional com eventuais reparos estruturais e retirada de resíduos tóxicos”, escreveu o advogado Alex Christo Bahov, contratado para representar os sauditas na negociação, em e-mail para a Marinha.
Ele acrescentou que o grupo saudita tem interesse econômico no porta-aviões, com o desmanche das peças, além de o casco representar um ativo para quem o adquirir. “É a maior embarcação de guerra do Atlântico. É um navio grande, de desenho bonito, que tem história. Ele participou de testes nucleares quando ainda era bandeira francesa. Há uma questão de empoderamento também em adquirir algo histórico como o porta-aviões.”
História do porta-aviões
O porta-aviões São Paulo tem 266 metros de comprimento. Seu armamento era composto de três lançadores duplos de mísseis e metralhadoras de grosso calibre. Inutilizado há décadas, o navio passou por um desmanche na França. Na década de 1990, ele chegou a passar por um processo de desamiantação, que retirou 55 toneladas de amianto, produto tóxico. Mesmo assim, o amianto ainda está presente nas paredes do porta-aviões — a substância era usada como isolante térmico e acústico, para reduzir o barulho da decolagem das aeronaves para a tripulação.
O porta-aviões foi vendido pela Marinha ao estaleiro turco Sök, especializado em desmanche de navios. O veículo deixou o Brasil no dia 4 de agosto do ano passado. No entanto, diante de denúncias sobre a exportação ilegal de amianto, o governo turco revogou autorização para a entrada da embarcação no dia 26 de agosto, quando o navio se aproximava do Estreito de Gilbraltar, em viagem feita com o auxílio de um rebocador.
O Ibama suspendeu a licença de exportação e determinou o retorno do navio ao Brasil. Em águas brasileiras, os rebocadores turcos deixaram o casco do porta-aviões, e a Marinha voltou a assumir o controle da embarcação. O relatório de uma perícia técnica da Marinha realizada na embarcação em 13 de janeiro constatou rasgos no casco, aumento no nível de alagamento, corrosão e risco de afundamento.
Sem empresas no Brasil para realizarem o desmanche verde previsto no contrato e com o imbróglio com a empresa turca, a Marinha planejava o afundamento controlado da embarcação.
Sempre aconselhei não cutucarem a onça (militares) com a vara curta. Mas agora, com o IBAMA mandando nas FA, foi longe demais… Não dá para ficar mais calado. Não estamos mais a falar de onças e sim de gatinhos.
Prezados senhores, a oferta da Arábia Saudita foi de U$ 30 milhões. Bem que o Brasil poderia implantar uma indústria de desmontagem de navios, com os diversos diques secos construídos pela estatal Sete Brasil e coligadas na época do petrolão, eles seriam um local ideal para o chamado “desmonte verde de navios”. Temos um dique seco em Rio Grande, outro em Pernambuco, outro no Espirito Santo, outro na Bahia, além de ter a baia da Guanabara cheia de navios abandonados. Além dos estaleiros tradicionais da nossa indústria naval, que está dormindo no ponto enquanto o resto do mundo avança na reciclagem.
Parede que há um interesse em tumultuar ou afundar a embarcação. Matéria do Estadão de 23 de dezembro de 2022 informa: Costa e Silva, advogado especialista em Direito Marítimo contratado pela empresa turca, roga em sucessivos boletins: “Todos os navios construídos antes de 2011 possuem amianto”. Se a sucata cancerígena passou sua vida no Brasil, atracada no Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro, qual o motivo da recusa agora? Por que o Ibama e outros órgãos desconhecidos querem impedir o navio de SAIR, vetando a “exportação”?
A RO às vezes me surpreende, mesmo com o fantástico JR Guzzo à frente! Não é um exagero chamar essa sucata de “maior embarcação de guerra do Atlântico”? Ora, afundem isso, pelo menos terá alguma utilidade.
Bem, eu já vi porta-aviões da classe Nimitz navegando no Atlântico, e é muito maior do que isso aí.
Marinha afunda…Exército e Aeronáutica também. Bater continência pra narco governo? Tão de brincadeira…
Ess porta-aviões foi outro caso de deboche com o dinheiro do contribuinte.
Uma lata velha que só deu prejuízo ao erário desde que foi comprado e que nunca serviu (e nenhum outro servirá) para defender o país dos frouxos, já que as FFAA seriam as primeiras a dar no pé em caso de alguma guerra.
E o povo aceitando tudo, como sempre, pois está sempre muito ocupado com suas micagens e micaretagens.
Joguem esse lixo em Alang, que os indianos dão um jeito de desmanchar.
Coloquem os 3-4 generalecos praticantes de PERFÍDIA e testem o missil de cruzeiro MB-300 nele bem no meio do Atlântico.
O exército tem de expurgar esses comandantes URGENTE.
Redação Oeste, por favor!!!
Verifique o material de divulgação. A legenda da foto esta errada.
Essa lata velha não foi comprada em 2020. Foi comprado durante a gestão FHC em 2000 e ja era sucata na Franca quando veio e so deu prejuízo.
Em 2017, ele foi finalmente aposentado. (ja na era o Temer)
Parece que nossS forças armadas só servem para pintar guias e brincarem de soldadinhos
A credibilidade perdida é difícil de conquistar novamente