Vendido pela Marinha Brasileira para uma empresa turca em agosto deste ano, o porta-aviões São Paulo deixou o Rio de Janeiro rumo à Turquia, mas acabou sendo barrado pelos turcos por uma suposta presença de grandes quantidades de amianto, prejudicial à natureza. A embarcação retornou ao Brasil após a negativa. Segundo a Força Armada, contudo, ao ser negociado, o navio cumpriu as normas ambientais nacionais e internacionais.
“Os procedimentos foram integralmente conduzidos de acordo com as normas emitidas pelo IBAMA, que é a autoridade nacional competente por emitir a autorização para a exportação de resíduos perigosos ou controlados, perante as regras internacionais”, informou a Marinha. “A referida permissão foi concedida após notificação e consentimento dos países envolvidos, o Brasil e a Turquia.”
O órgão também afirmou que o amianto presente na embarcação não representa riscos à saúde humana.
“Cabe destacar que o navio já realizou uma ampla desamiantação, culminando com a retirada de aproximadamente 55 toneladas de amianto”, disse. “O amianto atualmente existente no porta-aviões São Paulo não oferece riscos à saúde, no estado em que se encontra.”
Atualmente, a embarcação está em território brasileiro, na costa pernambucana, mas se encontra em alto mar porque não recebeu autorização para atracar em portos do país. De acordo com a Marinha, uma nova avaliação é necessária para que seja atestada a seguridade do porta-aviões. Nenhuma data foi estabelecida, entretanto, para uma nova avaliação.
A Marinha também informou que está “acompanhando o caso” e “avaliando as ações necessárias à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana no mar e prevenção da poluição hídrica a partir de embarcações”.
Porta-aviões São Paulo: capacidade para até 40 aeronaves
Desativado desde 2017, o porta-aviões São Paulo tem 266 metros de comprimento, pesa 31 mil toneladas e tem capacidade para até 40 aeronaves. Seu armamento era composto por três lançadores duplos de mísseis e metralhadoras de grosso calibre.
Construído no fim dos anos 1950, o porta-aviões São Paulo foi batizado pela Marinha francesa de Foch e comprado em 2000 pela Marinha brasileira. Seu “irmão gêmeo”, o porta-aviões Clemenceau, já foi desmantelado.
Não sei quantas bases aéreas existem ao longo de toda a costa e também não sei a distância entre elas. Caso haja uma necessidade de se construir pistas de pouso para completar o numero suficiente delas, não seria mais barato e eficiente essa opção? Por que a Marinha quer tanto uma nave desse tipo? Pretendem intervir em algum outro país?
Então estamos proibidos de navegar embarcações militares?