O governo de Mato Grosso do Sul lançou um programa na segunda-feira 8 que vai ofertar cirurgias plásticas para alunos da rede pública vítimas de bullying nas escolas.
O objetivo do governador Eduardo Reidel (PSDB) é impedir que esses alunos desistam de estudar. O programa faz parte do “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, que deve custar R$ 52,9 milhões, sendo R$ 45 milhões em recursos estaduais e R$7,9 milhões em recursos federais, segundo informações do site Poder360.
O programa vai usar recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para pagar as cirurgias em hospitais públicos e privados para as crianças e os adolescentes.
Alunos da rede pública de MS poderão corrigir “orelhas de abano”
Um exemplo de cirurgia que será ofertada no programa é a otoplastia, que corrige as “orelhas de abano”. A lista também inclui rinoplastia (que é a melhora a aparência do nariz e pode corrigir dificuldade respiratória), ginecomastia (que corrige mamas com aspecto feminino em meninos), mamoplastia redutora (diminui o tamanho dos seios), cirurgia de estrabismo (corrige vesguice) e correção de cicatrizes.
O governo de Mato Grosso do Sul registrou 142 casos de violência escolar por causa de questões estéticas em 2022, segundo a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Inicialmente, o programa vai ofertar as plásticas para alunos que registrarem boletins de ocorrência.
O programa já deve iniciar com 30 encaminhamentos de estrabismo, que já estão em lista de espera na oftalmologia. As primeiras cirurgias devem começar ainda no primeiro semestre.
“Na capital [Campo Grande], o procedimento para orelha de abano pode ser programado para após os 5 anos [de idade]”, disse o presidente local da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Cesar Benavides, ao jornal Folha de S.Paulo.
“Já as intervenções em nariz e nas mamas podem ser feitas a partir de 16 anos em meninas e 17 anos nos meninos”, completou Benavides.
As orelhas de abano tem uma grande vantagem sobre as outras, pois proporcionam melhor captação do som vindo de frente; agora, vindo de trás… não sei.