Unidos pelo crânio e pelo cérebro, os gêmeos siameses Arthur e Bernardo, de 3 anos, foram submetidos a uma cirurgia de separação, no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), no centro do Rio de Janeiro. O procedimento, bancado pelo SUS, foi considerado extremamente complexo.
A separação enfim pôde ocorrer, depois de nove cirurgias, sendo que a última contou com uma duração de 13 horas. Além de uma equipe de médicos e enfermeiros brasileiros, o procedimento recebeu acompanhamento on-line do cirurgião inglês Owase Jeelani, referência internacional nesse tipo de operação, e de sua equipe no Reino Unido. Os especialistas usaram fones de ouvido e operaram juntos na mesma “sala de realidade virtual”.
“Esses gêmeos se enquadraram na classificação mais grave, mais difícil e com maior risco de morte para os dois. Quando você tem 1% de chance, você tem 99% de fé”, afirma Gabriel Mufarrej, neurocirurgião que coordenou a equipe no Brasil.
História de superação
Nascidos em Roraima, os gêmeos siameses chegaram ao IEC quando completaram 8 meses de vida. Mas Adriely e Antônio, os pais dos gêmeos, descobriram no ultrassom que havia algo errado com os bebês, aos seis meses de gestação. “Eles falaram que era uma coisa estranha. Uma cabeça com dois corpos”, contou o pai.
Segundo os médicos, Arthur e Bernardo compartilhavam cerca de 15% do cérebro. A primeira cirurgia foi batizada de cirurgia do medo, com risco de morte. As seguintes foram acontecendo com intervalos de três a quatro meses para desconectar uma veia importante, responsável por conduzir o sangue de volta ao coração.
Depois de três anos de internação, a cirurgia de separação ocorreu no sábado 30. “Como pai, é sempre um privilégio especial poder melhorar o resultado para essas crianças e sua família”, disse o médico Owase Jeelani. “Não apenas fornecemos um novo futuro para os meninos e suas famílias, mas também equipamos a equipe local com as capacidades e a confiança para realizar um trabalho tão complexo com sucesso novamente no futuro.”
Parabéns aos médicos brasileiros que efetivamente realizaram o procedimento cirúrgico e cujos nomes não foram citados neste artigo. A medicina brasileira é de alto nível e deve ser valorizada.
A verdadeira ciência, que salva vidas!
O neurocirurgião Gabriel Mufarrej que coordenou a equipe no Brasil foi mencionado.
Realmente,um feito deste seria importante valorizar os médicos Brasileiros,mesmo como incentivos comunidade médica.
“OESTE”,um deslize ou um vacilo?
Concordo com vc Eduardo…Falha lamentável da Oeste, um trabalho maravilhoso desses e só divulgam o nome do médico inglês. Os médicos brasileiros só ficaram olhando? A Oeste também está com complexo de vira-lata?
E o nome dos médicos brasileiros que realizaram a cirurgia?