Os trabalhadores do complexo industrial da Embraer em São José dos Campos (SP) entraram em greve nesta terça-feira 3, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do município (SindmetalSJC).
Os trabalhadores reivindicam aumento real e renovação da convenção coletiva, embora o sindicato não informe o percentual exato.
A decisão pela paralisação ocorreu depois de os trabalhadores rejeitarem a proposta da empresa, que envolveu uma reposição da inflação aos salários, de 4,06%.
Porém, a Embraer afirmou que já havia concedido um reajuste de acordo com as orientações estabelecidas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa as empresas do setor.
“A Embraer, por liberalidade, já concedeu o reajuste salarial de 4,06% (que corresponde a 100% da inflação no período) aos colaboradores que recebem salários de até R$ 10 mil e um fixo de R$ 406 para remunerações acima desse valor, conforme proposta apresentada pela Fiesp”, afirmou a empresa.
“As negociações entre Fiesp e entidades sindicais continuam.”
Paralisação e negociações entre sindicato e Embraer
O sindicato estima que a paralisação conte com cerca de 5 mil trabalhadores e afetou todas as áreas de produção.
Mas a planta de São José dos Campos tem mais de 9 mil funcionários. De acordo com a empresa, as operações seguem normais.
“A Embraer informa que a unidade Ozires Silva, em São José dos Campos, opera normalmente, assim como as demais fábricas da empresa”, afirmou em comunicado.
A suspensão das atividades foi comunicada pelo sindicato na terça-feira 26. A entidade afirmou que o último ano em que a empresa assinou convenção coletiva e aplicou reajuste salarial acima da inflação foi em 2017.
O contrato de seis anos atrás garante estabilidade até a aposentadoria.
Uma nova proposta está sendo negociada entre Embraer, Sindicato dos Metalúrgicos e Fiesp e deverá ser apresentada aos trabalhadores nos próximos dias.