O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recorreu da decisão que permitiu a saída de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pela morte de sua filha, Isabella Nardoni, do regime semiaberto para o aberto. A medida ocorreu na segunda-feira 6.
O MP-SP alega que Nardoni apresenta “impulsividade latente” e traços de “transtorno de personalidade”, sem conseguir demonstrar de forma convincente que não representa perigo para a sociedade.
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A procuradoria destaca a “falta de arrependimento” e a “insensibilidade” de Nardoni em relação ao crime. Sua esposa, Anna Carolina Jatobá, também envolvida no crime, cumpre pena de 26 anos e oito meses.
Alexandre Nardoni, que estava detido na Penitenciária II de Tremembé, no interior paulista, foi liberado na segunda-feira, depois de 16 anos de prisão, sob a condição de cumprir o restante da pena em regime aberto.
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De acordo com o site Poder360, o MP-SP sustenta que Nardoni “demonstrou frieza emocional, insensibilidade acentuada, carácter manifestamente dissimulado e ausência de arrependimento”.
Alexandre Nardoni passou por exames psiquiátricos
A decisão de progressão para o regime aberto ocorreu depois que Nardoni passou por exames psiquiátricos neste ano. Os médicos constataram que ele tem condições para ganhar regime aberto. O documento foi assinado em 23 de abril.
A psicóloga Daniela Marcondes, que avaliou o criminoso, atestou que ele demonstrou uma postura adequada. Ela afirma “que ele se apresentou calmo, com discurso coerente e bom contato interpessoal”.
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A psiquiatra forense Leandra Gavinier atestou que não identificou nenhum transtorno mental em Alexandre Nardoni. Ela declarou que não há contraindicação psiquiátrica para a progressão de regime penal.
A pergunta é: ela deixaria a filha dela sob os cuidados dele?
Este assassino de criança DEVE ficar preso para pagar pelo que fez a própria filha.