Carla Cristina, eleita Miss Acre Mundo 2023, perdeu seu título depois de a organização do concurso descobrir que ela é mãe. A acriana também foi desclassificada do Concurso Nacional de Beleza (CNB) e não poderá concorrer à coroa de Miss Mundo Brasil.
Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, na quarta-feira 7, Carla alega que nunca omitiu a informação da organização do Miss Mundo, visto que publica regularmente fotos da filha nas redes sociais.
Ela também conta que perguntou várias vezes para a organização do concurso se seria impedida de competir por ser mãe. No momento da desclassificação, os responsáveis pelo concurso pediram que Carla não divulgasse o real motivo de sua saída.
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Para participar do concurso, a antiga Miss Acre precisou pagar uma taxa de inscrição de R$ 5 mil. O valor não foi reembolsado depois de sua desclassificação.
“Quem me conhece sabe o quanto trabalhei, fiz rifas, vendi até sopa para pagar minha taxa”, disse Carla. “Foi um valor bem alto, de R$ 5 mil, e eles não trabalham com reembolso”
Apesar do ocorrido, Carla não quer desistir de ser Miss. Ela disse que irá participar de outros concursos e pediu que seus seguidores continuem a apoiá-la.
O que diz o Miss Acre Mundo
Em seu relato, Carla Cristina também afirma que Sidney Lins, coordenador do Miss Acre Mundo, sabia que ela era mãe. Ele também havia garantido que o fato não afetaria sua trajetória na competição, pois o regulamento iria passar por alterações.
As mudanças suspostamente permitiriam que mães e mulheres casadas participassem do concurso.
O regulamento do Miss Acre Mundo foi atualizado em 2022 e seria aplicado às concorrentes de 2023. No documento, ainda há a restrição de participação para mães e mulheres casadas.
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Em nota divulgada nas redes sociais, o Concurso Nacional de Beleza, responsável pelo Miss Acre Mundo, afirmou que a desclassificação de Carla foi, apenas, o cumprimento das diretrizes da competição.
“O Miss Mundo tem como regra que as candidatas devem ser solteiras, não serem mães, sem nunca terem sido”, disse o concurso. “As diretrizes devem ser cumpridas. Não temos absolutamente nada contra mães, muito pelo contrário.”
Em entrevista à coluna Splash, do UOL, Sidney Lins afirma que, na época, o concurso correu normalmente — e Carla foi eleita. Ele alega que nunca soube da informação de que Carla era mãe e que ela não teria concorrido caso a organização do evento estivesse ciente.
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Censura?
Esses concursos aceitam travesti mas mãe não.
Que bando de filho de travesti.