Monitor de Secas indica piora dos índices climáticos no Brasil

O Monitor de Secas, ferramenta que acompanha as estiagens no Brasil, revelou um agravamento das condições climáticas durante o mês de setembro. Vinculado à Agência Nacional das Águas, o órgão observou impactos significativos da seca, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.

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Com a chegada da primavera no Hemisfério Sul, em setembro, as previsões indicavam um aumento nas chuvas na região central do Brasil, e uma consequente redução do ar frio. No entanto, a atualização mais recente do Monitor de Secas contradisse essas expectativas climáticas e constatou um agravamento da seca em diversas regiões do país.

Monitor de Secas registra agravamento no Nordeste e Sudeste

O monitor avaliar a continuidade, severidade e os efeitos das secas, que podem gerar danos expressivos. Ele observa o surgimento, desaparecimento e evolução das condições de seca.

No Nordeste, houve um aumento de áreas com registros de seca fraca e moderada. Particularmente no sul do Piauí e Maranhão e no oeste da Bahia, a seca progrediu de moderada para grave no mês passado. Os Estados de Sergipe e Alagoas também enfrentaram um agravamento nos índices de seca, segundo a análise.

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Já no Sudeste, o monitor identificou as chuvas abaixo da média, que resultaram em um agravamento da seca grave no oeste de São Paulo e noroeste de Minas Gerais. Além disso, houve seca moderada no centro de São Paulo, sudeste do Espírito Santo e norte de Minas Gerais.

A seca fraca também se intensificou no litoral do Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e litoral norte de São Paulo.

Condições críticas no Sul e Centro-Oeste

No Sul do Brasil, as precipitações abaixo da média no último trimestre expandiram a área de seca fraca no centro-leste de Santa Catarina. Já no Centro-Oeste, Brasília enfrentou um recorde de 148 dias sem chuva, pior cenário na região desde 2004.

A seca agravou-se de grave para extrema nas seguintes localidades:

• sul de Goiás;
• norte de Mato Grosso do Sul;
• sudeste de Mato Grosso; e
• Distrito Federal.

Ainda de acordo com a análise, a situação mais crítica durante o mês de setembro foi registrada no Norte. Neste mesmo período, a seca passou de extrema para excepcional no centro-sul do Amazonas. Nas regiões sudoeste, norte e leste do Estado, a seca moderada avançou, enquanto a seca grave se expandiu no leste e sudoeste.

No Acre, a seca extrema avançou no oeste, e em Rondônia e Tocantins, a seca grave e moderada ficaram ainda mais intensas.

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