Ministro da Justiça se opõe a recomendação do CNJ e afirma que até integrantes de organizações criminosas já foram soltos
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem atuado nos últimos dias no intuito de coibir a soltura de presos durante a pandemia do novo coronavírus. Nesta terça-feira, 7, o chefe da pasta chegou a afirmar que até integrantes de organizações criminosas já foram soltos por juízes.
A visão de Moro se opõe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orientou magistrados a reavaliar o cumprimento de regime fechado em algumas hipóteses, como nos casos de cadeias superlotadas e de presos integrantes de grupos de risco da doença. Para Moro, a extensão da medida a criminosos perigosos gera risco de “crise” para a segurança pública.
“O juiz tem que ter muita cautela para não soltar criminosos perigosos, mas isso infelizmente em alguns casos vem acontecendo. Essas medidas não devem ser estendidas a criminosos perigosos, sob risco de gerar crise para a segurança pública”, explicou Moro.
De acordo com uma estimativa do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), cerca de 30 mil detentos já foram beneficiados por alvarás de soltura ou tiveram o regime alterado para prisão domiciliar.
Apesar das divergências com o presidente Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem endossado o discurso de Moro contra a soltura de presos. O Estado tem a maior população carcerária, com 233 mil detentos, e a Defensoria Pública da União e a do Estado requisitaram em 20 de março ao Tribunal de Justiça um habeas corpus provisório nas linhas preconizadas pelo CNJ.
Se como o Covid 19, esses presos agora soltos em virtude das orientações ou recomendações do CNJ, atingissem primeiro quem viaja de avião pelo mundo, ao invés dos mais pobres nas paradas de Ônibus e saídas do metro, talvez tivéssemos outra recomendação. Pobre não mora em condomínio com segurança, não tem carro blindado e vive na rua, estando mais exposto a esses bandidos ora em liberdade.Só no Brasil essa bondade a criminosos.