Morreu nesta terça-feira, 21, aos 90 anos, a atriz Marina Miranda. Ela estava internada no Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio de Janeiro. A artista, que sofria de Alzheimer, estava com infecção urinária e doença pulmonar.
Marina trabalhou em programas como A Escolinha do Professor Raimundo, em que interpretava a Dona Charanga, e Balança, Mas Não Cai. A atriz também ficou marcada por atuar com o comediante Tião Macalé.
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Luciana , sou solidario ao seu comentario! A atriz falecidade fez rir muitos da minha geraçao junto ao tiao que nunca conseguia conquista-la nas cenas de tv. , no final ele falava (eita crioula difícil), era engraçado pra caramba , o Chico Anisio cara muito amigo e solidario daquela geraçao de comediantes dava oportunidades a todos, grande carater de pessoa.
Com todo o respeito a essa mulher, atriz que faleceu, o que eu vou dizer aqui não tem nada a ver com isso. Mas tem a ver com o jornalismo como um todo. Meu pai, Turíbio Ruiz, que faleceu aos 89 anos de idade, no ano passado, um ator, pioneiro da TV Brasileira, um profissional incrível, que infelizmente não foi reverenciado, assim como tantos, que foram os profissionais que criaram TUDO que aí está, pois bem, poucos falaram de sua morte.
Eu vi meu pai numa peça chamada “O Homem das Galochas” onde ele era o protagonista e na última cena, onde era a morte do personagem, eu estava sentada na parte mais alta do Teatro Sesc (próxima a Rua Augusta); nessa cena eu vi o nível de profissional que o meu pai era. Nessa cena em que o personagem morre, ele chora, um choro silencioso, onde só se via o brilho da lágrima que escorria no seu rosto e quando eu vi de longe, não acreditei e com a voz ligeiramente embargada. Vocês não tem noção do que é isso!!! Um ator fazer isso de forma genial em todas as suas apresentações. Ali eu tive a constatação do ATOR que era o meu pai. Um orgulho que não cabe no meu peito. Um respeito , uma reverência a este profissional que a mídia nunca teve, mas que graças a Deus, meu pai sempre teve a nós, minha mãe, que foi sua companheira por mais de 50 anos, um amor que os une até hoje, um amor de verdade, não esses “amores” instantâneos, com uma duração, não esses “amores” ou esses casamentos mantidos por conveniência. O que me dói é essa falta de cultura, é essa falta de História, é essa falta de respeito com os que vieram antes de nós. Então qdo eu vejo uma matéria dizendo sobre a morte dessa atriz, eu penso: Por quê não falaram do meu pai? Um cara que fazia novela sem vídeotape, que entrava num estúdio de dublagem e encaixava sua voz na 2a tentativa sem Protus, um ator que fez a peça “Trair e Coçar é só começar” com pneumonia e febre. Não querendo desmerecer a ninguém e muito menos a morte dessa atriz, mas é que eu fico revoltada com a falta de tudo que essa geração tem.
Bom não vou nem comentar o fato de um país não reverenciar um dos maiores escritores que tivemos neste país que foi Machado de Assis, negro, bem sucedido, onde sua casa no Rio de Janeiro está deteriorada, porém a casa do Roberto Marinho da Globo ao lado, tem muitas visitações, está linda e bem cuidada. Não falam de Machado de Assis pq ele não serve a causa né!!! É negro, mas foi bem sucedido então não serve… só cabe a mim lamentar!!!