Morreu na terça-feira 15, aos 80 anos, o ex-militar José Anselmo dos Santos, conhecido como Cabo Anselmo. Ele teve um mal súbito, e foi sepultado nesta quarta-feira, 16, em Jundiaí.
Anselmo atuou como agente duplo durante o período militar, e afirmava ter delatado militantes da esquerda para não ser morto. Antes, havia se destacado na mobilização de marinheiros que antecedeu ao regime militar em 1964. Foi preso logo após o início do novo regime.
Em 2012, Anselmo teve negado pedidos de indenização feitos ao governo federal e para ser reintegrado à Marinha. A Comissão de Anistia — política de reparação às vítimas do regime militar — rejeitou a solicitação, pondo em xeque a colaboração do agente duplo com os militares. Na época, o parecer de rejeição citava uma declaração do chefe de Inteligência do governo do então presidente João Goulart, dizendo que Anselmo era um “agente provocador da CIA desde os eventos que antecederam o golpe”.
Dias antes da instauração do regime militar, marinheiros tinham se rebelado dentro de um sindicato no Rio de Janeiro, em uma mobilização reivindicando melhorias salariais e trabalhistas. A Marinha queria a prisão dos marinheiros que protestavam, mas o então presidente rejeitou a alternativa e anistiou os marinheiros. O presidente da Associação de Marinheiros e Fuzileiros Navais era Anselmo.
A decisão do presidente foi um importante componente na crise política da época , desagradando o comando das Forças Armadas, que dias depois iria instaurar o regime militar.
Colaboração com o regime militar
Anselmo fez treinamento de guerrilha em Cuba, foi preso ao voltar ao Brasil e passou a colaborar com o regime militar. As delações do ex-militar levaram à morte de diversos militantes de esquerda. Em 1980, ele afirmou em uma entrevista que fugiu da cadeia em 1964 “pela porta da frente”. Entre os delatados por Anselmo durante o regime, estavam seis pessoas que foram mortas em um sítio em 1973, incluindo sua companheira na época, a paraguaia Soledad Barret.
Relacionadas
O relatório da Comissão de Anistia afirmava que Anselmo se aproveitou “de uma relação afetiva para encobrir seu papel de agente infiltrado”, no qual contribuiu para a tortura dos delatados.
Durante uma entrevista à Folha em 2009, ele disse que tinha um acordo com os militares para que Soledad pudesse ir embora do Brasil para Cuba. E também negou a atuação em favor do regime militar durante a gestão João Goulart: “Se eu fosse um sujeito da repressão da CIA, você acha que estaria nessa condição que estou hoje?”
Anselmo passou por uma cirurgia plástica nos anos 1970 para não ser reconhecido e chegou a usar uma identidade falsa. Ele nunca chegou a ser cabo, mas sim marinheiro de primeira classe — recebeu o apelido por um mal entendido.
Em entrevista à Revista Veja, em 2020, Anselmo afirmou que nunca matou ninguém:
“Nem fui ouvido na Comissão de Anistia. Queria somente a isonomia como todos os outros marinheiros. Fui julgado pela 2ª Auditoria, fui expulso da Marinha, tive meus direitos políticos cassados. Por uma questão de consciência fui viver em Cuba. Resolvi que aquele não era o regime para o Brasil, que era um país cristão. Aí, colaborei realmente com a polícia por dois anos. Mas nunca matei ninguém. Nunca fiz nada operacional dentro do trabalho da polícia. Esperava pelo menos a isonomia como aposentadoria. O direito desumano me atingiu”, disse Cabo Anselmo à Veja.
Época triste da História do Brasil, mas que teve um desfecho feliz à época, e que ora, com outros métodos, tentam nossos inimigos e traidores tomarem novamente o País para entregar nossas riquezas naturais e território ao estrangeiro, à China (comunismo) e a NOM (socialismo), por questões financeiras e/ou financeiras-ideológicas.
O povo daquela época se rebelou, pediu auxílio às FA e foi atendido, visto que a guerra era armada.
No entanto, os movimentos criminosos atuais contra a pátria, são praticados por corrupção e mentes doentias, com base nos transtornos mentais provocados de FHC até agora, que impediram o desenvolvimento do indivíduo em um adulto capaz de integrar a sociedade e contribui para sua melhoria de uma maneira racional e proativa, optando e praticando a desconstrução dos então vigentes valores morais e éticos para implantação do caos social que acreditam ser a solução para apaziguar a dor de seus complexos e frustações não resolvidos.
Mais um José Genoino da vida!
Essa desgraça morreu tarde, grande FDP. Oxalá! O inferno te espera e se existe para um ser como esse.