Gilberto Chateaubriand, um dos maiores colecionadores de arte do Brasil, morreu nesta quinta-feira, 14, aos 97 anos por causas naturais, enquanto dormia em sua fazenda em Porto Ferreira, interior de São Paulo. Dono de um acervo com mais de oito mil obras, o diplomata e empresário disponibilizou para visitação milhares de pinturas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM).
Nascido em Paris, na França, em 1925, Gilberto era filho do jornalista e empresário Assis Chateaubriand (1892-1968), responsável pelo primeiro grande império de comunicação no país, conhecido como Os Diários Associados. A grandiosa coleção do diplomata começou em 1953, quando tinha 28 anos, com a pintura Paisagem de Itapuã (1953), do pintor modernista José Pancetti.
De lá para cá, o acervo de Gilberto Chateaubriand reuniu milhares de telas da arte brasileira moderna e contemporânea, sendo considerada uma das mais importantes do país. Das mais de oito mil obras, cerca de seis mil estão expostas no MAM Rio desde 1993. Obras de Lygia Clark, Candido Portinari, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Iberê Camargo, Hélio Oiticica e diversos outros fazem parte da coleção.
“Gilberto criou uma coleção que reflete o Brasil, a arte e os artistas que ele tanto amou, e que tanto o amaram”, afirma Paulo Albert Weyland Vieira, diretor executivo do MAM Rio. “Uma história de amor que nunca terá fim. O MAM Rio se orgulha de ter participado desta trajetória. Viva o Gilberto.”
A coleção de Chateaubriand era eclética, tinha de tudo um pouco. Portanto bastante diluida. É como se numa coleção de parafusos, vc encontrar alguns pregos. A boa coleção não se mede em números, mas na história que ela conta.
Que os milionários brasileiros sigam o exemplo dos americanos que doam em vida suas fortunas para a filantropia, e para seus familiares o necessário para viverem bem. Gilberto Chateaubriand, Sra. Lily Safra, estão sendo os primeiros a fazerem doações em vida. Palmas póstumas para eles.