Mortos em operação no Complexo da Penha se exibiam nas redes sociais

Felipe da Silva Guimarães Júnior, conhecido como Zangado, e Carlos Alberto Marques Toledo, conhecido como Fiel da Penha, mortos em operação policial no Complexo da Penha, na zona norte norte do Rio de Janeiro, eram figuras ativas nas redes sociais. Nas publicações, eles costumavam ostentar joias de ouro e armas de fogo.

Os dois, que eram procurados pela polícia, morreram em uma operação na favela carioca ocorrida na quarta-feira 2. A ação deixou dez mortos e cinco feridos.

De acordo com informações da polícia fluminense, os outros oito que morreram durante a operação seriam lideranças ou seguranças do tráfico.

• “Cracolândia: Justiça põe na rua 11 dos 13 presos em operação”

Em uma das publicações, Zangado aparece dançando no Baile da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele exibiu cordões e braceletes, além de um relógio de ouro.

Outros registros divulgados nas redes mostram o traficante Fiel da Penha com roupas camufladas similares às fardas policiais. Nos vídeos, ele aparece com um cordão de ouro personalizado com seu apelido e o nome Complexo da Penha.

Operação no Complexo da Penha

Dez pessoas morreram e cinco ficaram feridas durante uma operação das polícias Militar e Civil no Complexo da Penha, na manhã de quarta-feira 2. Dois dos feridos são policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que já receberam alta médica.

Segundo a Polícia Militar (PM), nove pessoas que foram baleadas são suspeitas de participarem da troca de tiros. Elas foram socorridas pelos policiais e morreram no Hospital Getúlio Vargas.

A motivação para a entrada dos agentes de segurança na favela carioca foi a informação da inteligência da Polícia Militar, que descobriu que haveria uma reunião de líderes do Comando Vermelho (CV) em uma região dentro do Complexo da Penha, conhecida com Vacaria.

No início da manhã de ontem, as escolas não tinham sido impactadas por conta do jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina de Futebol. As aulas estavam previstas para começar às 11 horas, o que não ocorreu em virtude do tiroteio. No total, 3.220 estudantes ficaram sem aulas.

Leia também: “Médico suspeito de assassinato é solto pela Justiça de Teresina”