O empresário Fernando Sastre Filho, dono do Porsche que se envolveu em um acidente em São Paulo, recebeu 42 multas por excesso de velocidade. Ele também foi autuado por participar de um racha na Avenida Paulista.
Além disso, Fernando Sastre se tornou réu por homicídio na terça-feira 30, mas a Justiça não concedeu o pedido de prisão preventiva. As informações foram divulgadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
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Fernando Sastre teve sua habilitação suspensa em outubro de 2023 por se envolver em um racha em 2020.
No entanto, recuperou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em março deste ano, mesmo mês em que ocorreu o acidente fatal que matou o motorista de aplicativo Ornaldo Viana. O empresário dirigia um Porsche que colidiu com o veículo da vítima, em 31 de março.
As multas foram registradas em veículos vinculados a uma empresa da família de Fernando Sastre. O total de infrações chegou a 53, incluindo as 42 por excesso de velocidade.
Os registros também mostram que o empresário se envolveu em dois acidentes com motociclistas na zona leste de São Paulo.
Alegações e decisões judiciais
O juiz Roberto Zanichelli Cintra aceitou o pedido do Ministério Público de São Paulo e tornou Fernando Sastre réu por homicídio com dolo eventual e lesão corporal gravíssima.
Apesar disso, a Justiça rejeitou pela terceira vez o pedido de prisão preventiva, ao alegar falta de indícios de que o empresário tentou obstruir as investigações.
Ministério Público alega que motorista de Porsche pressionou namorada a negar embriaguez
O Ministério Público (MP) acredita que a namorada de Fernando Sastre foi coagida a negar a embriaguez do namorado no momento da colisão com outro veículo.
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A promotora de Justiça Monique Ratton expressou preocupação desde o início sobre a possibilidade de a testemunha ser influenciada a alterar seu testemunho.
Ela destacou a similaridade entre os depoimentos da namorada do empresário e da mãe dele — o que sugere uma coordenação entre ambas, possivelmente com os advogados, para negar que Fernando Sastre estivesse alcoolizado.
A coação
A promotoria também considera que Fernando consumiu álcool por aproximadamente cinco horas antes do acidente e ignorou as solicitações de seus amigos para não dirigir.
O empresário optou por conduzir o veículo em alta velocidade, o que culminou no trágico acidente. Monique Ratton citou ainda que a namorada de Fernando Sastre compareceu ao depoimento acompanhada por quatro advogados, os mesmos que representam o empresário.
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04 Advogados! Provavelmente farão de tudo para o processo se arrastar “eternamente”. Olha o histórico do sujeito. A quantidade de multas por velocidade. Este é um país onde as leis protegem sempre os transgressores. Coitado do motorista que morreu e dos familiares. Imagino a sensação de impunidade que devem perceber com uma justiça lenta, burucrática, inoperante, que só funciona para favorecer alguns, que sabemos quem são…
Assassinato por excesso de impunidade!