Sem acordo na Justiça do Trabalho, motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo decidiram realizar uma paralisação de 24 horas a partir da meia-noite desta terça-feira, 14. Mais cedo, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) não chegou a um acordo com o setor patronal sobre o reajuste salarial. Isso foi crucial para a greve.
De acordo com o sindicato, as negociações por um reajuste de quase 12,5% começaram em março deste ano. Os trabalhadores ainda pedem 100% das horas extras e o fim do horário de almoço não remunerado. “Não houve avanços, sobretudo no reconhecimento da data-base”, afirmam os sindicalistas, em nota divulgada nesta segunda-feira, 13.
“A princípio, o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste, de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro — o que é inadmissível”, afirmou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, conhecido como Sorriso. Depois da recusa, os funcionários das empresas decidiram pela greve.
O sindicato informou que será mantida 80% da frota nos horários de pico — das 6 horas às 9 horas e das 16 horas às 19 horas. Cerca de 60% da frota será mantida nos outros horários. Essa é uma determinação da Justiça, em uma tentativa de amenizar os problemas causados pela greve.
Pau no rabo do povo.